O desemprego atingiu o maior nível desde o início da pandemia. Os dados foram divulgados nesta sexta (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que informou a taxa de desemprego em 14,3%, o maior nível desde março.
As previsões de recuperação econômica do governo golpista de Bolsonaro indicam que o problema não será resolvido em curto, nem em médio prazo. Mais ainda, o governo Bolsonaro não foi eleito pela fraude para resolver essa situação, mas sim para aprofundá-la. Diante disso, o que fazer diante das demissões em massa?
Para enfrentar a situação do desemprego e da carestia, é preciso ter um programa que mobilize os trabalhadores em torno das suas reivindicações mais elementares, como a Redução da Jornada de Trabalho; Cancelamento de todas as reformas dos golpistas; Estatização das empresas falidas, etc; Um programa que leve os trabalhadores a compreensão da necessidade de um governo operário.
Redução da Jornada de Trabalho para 35h semanais
Para combater o desemprego, é necessário que todos trabalhem menos, para que todos trabalhem. Para tal o Partido da Causa Operária (PCO) defende a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Não são os trabalhadores que tem que pagar pela crise, mas sim os patrões.
Cancelamento de todas as reformas dos golpistas
Os golpistas, desde 2016, desmontaram o pouco que havia de estado de bem estar social no país. A reforma trabalhista e da previdência aumentaram o roubo dos patrões contra o povo, permitindo a superexploração dos trabalhadores. Por isso, é preciso cancalá-las.
Estatização das empresas falidas
A crise econômica mundial leva as empresas à falência em massa, fazendo com que os capitalistas queiram socializar seus prejuízos, jogando tudo nas costas dos trabalhadores, que em primeiro lugar se veem diante do desemprego massivo. Contra isso, é preciso estatizar as empresas falidas e colocá-las para funcionar sob o controle dos trabalhadores. Um exemplo foi o que ocorreu com a Kellog’s, fábrica de cereais, na Venezuela. Os patrões fecharam a empresa e demitiram todo mundo, mas por pressão dos trabalhadores, o governo de Nicolás Maduro (PSUV) estatizou a fábrica, que foi transformada numa cooperativa gerida pelos próprios trabalhadores.
Como explica a tese do PCO sobre os sindicatos:
“As reivindicações de transição são aquelas que tomam os problemas imediatos da crise aguda do capitalismo para guiar o movimento operário e de massas até a compreensão da necessidade de lutar por um governo operário.”