A economia mundial não se restabeleceu desde a crise de 2008. Mas a pandemia de coronavírus tornou a crise mais aguda.
A BBC News Brasil( tradicional empresa de comunicação da burguesia mundial) ouviu cinco economistas liberais a respeito das medidas que devem ser tomadas para o restabelecimento da economia.
As propostas vão desde o aprofundamento do neoliberalismo até aquelas que usam dinheiro público para investimentos momentâneos.
Retomar as reformas
Solange Srour (economista chefe da ARX investimentos) defende que o país volte a agenda de reformas, como congelar o salários dos funcionários públicos, a reforma administrativa e a reforma tributária.
Samuel Pessoa (pesquisador do Ibre-FGV) Também aposta na retomada da agenda de reformas, mas afirma que deve se mexer no teto de gastos para liberar recursos para investimentos.
Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique) diz que podem ser necessárias intervenções estratégicas e do governo em alguns setores mais atingidos pela paralisação das atividades como restaurantes, serviços pessoais, hotéis, companhias aéreas etc.
Aumentar o teto de gastos
Nelson Barbosa (ex-ministro da Fazenda e do Planejamento do governo Dilma) afirma que é preciso que o governo adote um plano de reconstrução.
Em uma linha semelhante também vai Laura Carvalho (professora da FEA-USP). Para quem a recuperação da economia deve exigir um novo “Plano Marshall”, com a “revisão do teto de gastos e uma mudança na orientação política econômica, até aqui voltada para o estado mínimo mínimo”. Defende ainda um aumento de arrecadação com a tributação dos mais ricos e que a renda emergencial(esmola de 600,00 do governo federal) se torne permanente.
Como se vê todas as propostas tentam fazer uma emenda no capitalismo brasileiro.Para isso propõe cortar direitos dos trabalhadores, usar o dinheiro público para salvar empresas e fazer investimentos.
Mas o capitalismo é como aquela roupa muito usada e gasta na qual não é possível mais fazer remendos.
É preciso mobilizar os trabalhadores para colocar o dinheiro público para a melhoria dos serviços essenciais a população como saúde e educação. Nada de dinheiro público para banqueiros ou empresários.
É preciso proibir as demissões durante o período de recuperação econômica e rever as que já foram realizadas, diminuir a jornada de trabalho para 35 horas sem diminuição dos salários e adotar escala móvel de preços e salários. As empresas que fecharem devem ser estatizadas e colocadas sob a administração dos trabalhadores.