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Retrato da realidade

“O povo do abismo”, clássico de Jack London é relançado no Brasil

Jack London, o escritor operário, teve seu livro "O povo do abismo" relançado no Brasil.

O livro “O povo do abismo”, de Jack London, foi relançado no Brasil pela editora Expressão Popular com tradução de Hélio Guimarães e com apresentação de Maria Sílvia Betti. O livro já existia no Brasil com edição de 2003 pela Fundação Perseu Abramo e ganhou nova edição neste mês de Dezembro. O livro retrata a situação de East End, um grande distrito operário do início do século XX em Londres, onde a parte mais pobre dos londrinos vivia.

O retrato da ” realidade da exploração do trabalho e, por outro lado, da exclusão e da miséria” foi possível a partir do relato do escritor que viveu durante três meses em East End passando-se como um marinheiro desempregado. Na tentativa de compreender o cotidiano dos trabalhadores mais pobres, Jack dormiu nas ruas, albergues e também morou por um tempo com uma família pobre.

O escritor americano descreveu a situação da maior parte da população londrina como “os miseráveis, os humilhados, os esquecidos, todos morrendo no matadouro social. Os frutos da prostituição – prostituição de homens, mulheres e crianças, de carne e osso, e fulgor e espírito; enfim, os frutos da prostituição do trabalho”.

A situação dos trabalhadores londrinos do início do século XX é uma situação que persiste até hoje, especialmente em tempos de crise. “Surgiu uma nova raça – o povo das ruas. […] Eles têm tocas e covis para os quais rastejar na hora de dormir, e é tudo. […] Da calçada imunda recolhiam e comiam pedaços de laranja, cascas de maçã e restos de cachos de uva.” O retrato da miséria que não tem acesso à moradia, saúde e alimentação.

De certa forma, o relato londrino se torna internacional, universal, nas condições de vida da classe operária mundial sob os regimes capitalistas. Dos guetos de Londres e Paris, das favelas alemãs e americanas até os guetos na África, India e as favelas no Brasil, não há um lugar em que os mais pobres não estejam submetidos às condições de vida mais degradantes.

Jack London, pseudônimo de John Griffith Chaney, autor que ficou famoso como um grande escritor de histórias de aventura, nasceu e viveu nos Estados Unidos. Cresceu em uma realidade comum para a época, desde cedo teve que trabalhar. Foi entregador de jornais, pescador de lagostas, operário fabril e patrulha marítima durante a adolescência. Aos 19 anos conseguiu a oportunidade de estudar. Toda experiência de vida do autor serviu para melhor relatar sua vivência em Londres.

O início do século XX foi a época de origem dos movimentos de massa da classe operária que conhecemos hoje. Com toda certeza, parte do espírito de ascensão da classe operária está registrado em suas obras. Além de sua grande contribuição artística, John também foi um militante socialista. Sua obra até hoje permanece importante e atual com relançamentos em diversas línguas.

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