O ano de 2020 no Paraná foi marcado por uma ofensiva do governo Ratinho Jr (PSD) contra os paranaenses. O governador bolsonarista utilizou-se da pandemia para ampliar os ataques contra os paranenses, especialmente contra os servidores, como o caso dos professores e funcionários da escola pública. O principal deles é o edital 47/2020, em que o governo abriu 4 mil vagas para professores e funcionários temporários.
No entanto, hoje cerca de 1/3 da maior categoria do funcionalismo estadual é formado por professores e funcionários temporários, os chamados PSS (Processo Seletivo Simplificado). Logo, a medida causará a demissão de 30 mil trabalhadores em educação no estado!
Este talvez seja o ápice da ofensiva do governo bolsonarista do Paraná contra os trabalhadores. Porém, não é a única.
Aproveitando-se da pandemia e da paralisia da esquerda, o governo do Paraná congelou progressões e promoções dos servidores, manteve o salário congelado, lançou o projeto da “Escola Com Fascismo” para militarizar mais de 200 escolas e encheu os capitalistas de repasses estatais, como no caso das empresas de ônibus.
Enquanto isso, a esquerda fechou os sindicatos e defendeu a política do “fique em casa”, o que só fortaleceu a posição de ataques sistemáticos contra o povo. A ofensiva só não foi maior porque apesar de toda a capitulação das direções, houve luta.
Petroleiros, metalúrgicos e professores mobilizaram-se apesar da política conciliadora das suas direções. Dado que os ataques continuam, esta mobilização continuará em 2021, desta vez com o acréscimo do Fora Ratinho à pauta.