Política de encarceramento

Nem o MP e nem o Depen libertarão os presos

Agravamento da crise humanitária nos presidios e delegacias do Paraná

A população carcerária do estado do Paraná vem crescendo desde 2016, ano em que deu um salto de 29,4% no número de aprisionados. Daquele ano para cá saiu da posição de 4º maior encarcerador do Brasil para o 2º lugar, além disso é o estado com o maior número de presos em delegacias, sendo contudo, apena o 5º estado mais populoso do país.

Com relação a pandemia de covid-19 a situação dos presos é a pior do País, em números oficiais, um total de 631 presos foram infectados, representando 27% dos casos da doença no Paraná segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Os números do covid-19 relativos a população carcerária do Paraná configuram um surto e ensejaram nessa terça-feira (01/09), o Ministério Público (MP), através do promotor Eduardo Diniz, da 13ª Promotoria de Justiça de Londrina, a protocolar Pedido de Providências ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).

A situação de encarceramento em massa no Paraná ultrapassa em muito a capacidade dos presídios, o desumano aprisionamento provisório ad aeternum em delegacias, além da inoperância das autoridades em tratar o surto pandêmico, muitas vezes superior à media nacional, configuram um crime humanitário.

A aparente preocupação do MP é apenas protocolar, MP e Depen são parceiros na política de aprisionamento massivo da população. Esta política se intensificou num primeiro momento com o golpe de 2016 e crise econômica e social que o sobreveio e mais ainda com a chegada da pandemia.

A política de aprisionamento tem a finalidade de conter a crise que está a um passo de se transformar em uma convulsão social. Com isso a burguesia está praticamente sentenciando o presos a pena de morte e transformando os presídios em campos de extermínio da população pobre.

A burguesia atribui como causa da criminalidade questões relativas à moral ou falhas inata de caráter, no entanto é sabido que as verdadeiras causas da criminalidade são de cunho social. Alguém poderia incorrer no erro de atribuir um maior ou menor índice de criminalidade à pobreza ou à riqueza de um país, mas como explicar os baixos índices de criminalidade em Cuba, um país pobre, e os altíssimos índices de criminalidade nos EUA, a nação mais rica do mundo?

Em todo o mundo é facilmente observável uma clara relação entre criminalidade e disparidade social. A criminalidade é um grito mudo de uma população oprimida, da qual se suprime os meios de atender às necessidades humanas mais básicas como acesso a saúde, educação e moradia digna. Sendo privados de sua humanidade e inclusive do direito de sonhar, resta aos oprimidos subverter as normas que se lhes impuseram a revelia de sua vontade ou necessidade.

 

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.