O domínio e o povo

Nem estádio, nem transmissão: monopólio da TV, inimigo do futebol

O que tornou o futebol um esporte popular foi a luta de classes, mas os monopólios burgueses querem tirar do povo o direito de torcer

Depois de três meses, sem jogos devido a pandemia o futebol volta a campo no Brasil, o primeiro jogo foi ontem pelo campeonato carioca entre Flamengo e Bangu. Como vivemos uma situação de crise politica intensa, o futebol como produto das contradições sociais não poderia ficar de fora das polemicas.

Com uma medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que torna o mandante como dono do direito de transmissão no futebol nacional, e com a liberação do Bangu para a exibição da partida, a Globo decidiu não exibir o jogo entre Bangu e Flamengo na noite desta quinta (18).

Essa queda de braço entre globo e flamengo é antiga, no final do ano passado a cartolagem rubra negra proibiu que a emissora golpista transmitisse jogos do clube. Contudo qualquer tipo de monopólio seja por parte das emissoras ou das máfias dirigentes dos clubes atacam os direitos do povo de torcer e assistir  os jogos de seus times.

Os monopólios de transmissão dos jogos de futebol, são expedientes usados para limitar o acesso do povo aos campos e as transmissões, cada vez mais o futebol e para poucos e  com o nova engenharia das arenas, a lotação diminuiu os ingressos são mais caros a rede globo e classe média de esquerda e direita  por exemplo invoca o jeito coxinha de torcer  cada um a seu modo – tem reproduzido já há muito tempo uma campanha difundida pela burguesia contra as torcidas organizadas. As massas de torcedores seriam despolitizadas, “alienadas pelo futebol”, violentas. Mais recentemente, essa campanha ganhou novos adjetivos: os torcedores seriam monstros homofóbicos, machistas e outras coisas parecidas.

Antes da parada de futebol, pela pandemia, torcedores de organizadas antifascistas eram proibidos de se manifestarem contra o governo Bolsonaro, sua faixas eram confiscadas pela policia, com a  mudança da situação politica onde setores da esquerda saíram da defensiva da classe média de direita e de esquerda da  politica do “fica em casa”  esses setores agora voltaram as atenções para essas organizações, até então consideradas “despolitizadas”. A esquerda pequeno-burguesa passou a bajular as torcidas como grandes exemplos de luta, o que é verdade, mas revela a propensão para a demagogia dessa esquerda que se colocou sempre que pôde contra o futebol e os torcedores.

Contra as imposições de todos os tipos de monopólios que querem transformar o futebol em mercadoria para poucos (pay-per-viem, canais de TV fechados, Sócio Torcedor e horários de transmissão incompatíveis com a realidade do trabalhador) Só a luta sistemática dos torcedores pela direito de torcer seja em organizadas ou não, ou seja, a luta política pode garantir este direito.

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