Em dezessete dias foram encontradas cinco pessoas negras mortas nos Estados Unidos. Todas elas estavam enforcadas em árvores em locais públicos. As suspeitas por parte da polícia assassina e do próprio governo Trump apontam, de antemão, que a causa foi suicídio. Mas as mortes remetem justamente a um método clássico de assassinato realizado pelos fascistas norte-americanos, em especial a Klu Klux Klan, principalmente nas épocas de maior violência contra o povo negro nos EUA.
Os assassinatos se dão em meio a uma rebelião popular da população negra contra a violência policial e consequentemente da extrema-direita nazista, que se deu após a morte de um homem negro pela polícia, filmado à luz do dia e generalizado pela internet. Foi o estopim de uma população saturada de um regime político que se intitula uma democracia, mas impõe uma verdadeira ditadura sobre as massas oprimidas.
Essas organizações fascistas têm na maioria dos seus integrantes policiais, juízes e pessoas do aparato repressivo do Estado, financiadas pela burguesia e oligarquias locais. Inclusive, esses últimos chegaram a participar ativamente das marchas fascistas e dos assassinatos. Existe, na “democracia” norte-americana, em momentos de maior reação do setor mais direitista do regime, a política de cometer assassinatos nesse mesmo estilo: colocar a população negra morta em locais públicos, às vezes incinerados, para subjugar esse setor oprimido da população.
Como no caso conhecido como Linchamento de Jesse, onde um trabalhador rural negro foi brutalmente torturado, pendurado e incinerado pelo latifúndio local, com base em uma calúnia e um julgamento farsa.

É uma tentativa de refrear a mobilização colocando novamente o clima de terror sobre a população negra que está sublevada. Com esse método covarde, tipicamente fascista. Apesar de ser um caso muito nebuloso, qual o interesse da polícia em encobrir os fatos, já tratar como assassinato? É claramente uma intimidação, colocar no inconsciente da mobilização o medo dos tempos em que o fascismo se colocava na ofensiva do movimento negro. A tentativa deve ser frustrada pela própria mobilização, que quanto mais se aprofunda mais polariza o regime e mais coloca os fascistas em desespero e acuados.
É preciso denunciar esses casos energicamente. Exigir o fim da polícia burguesa e colocar em prática uma política de armamento da população, reagir à altura dos fascistas. O movimento deve se expandir e se armar amplamente, até o que os fascistas não saiam nem na calada na noite e nem ouse refrear a vontade popular com qualquer método.





