Hoje, dia 21/9, trabalhadores dos Correios de todo o País chegam a Brasília para um grande ato nacional da greve da categoria, contra a privatização e o governo Bolsonaro.
A greve dura mais de um mês contra a tentativa da direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e o governo de devastarem o direitos dos trabalhadores. Para entregar esse patrimônio do povo brasileiro nas mãos de grandes capitalistas, Bolsonaro e seus aliados, o ministro das Comunicações, o playboy genro de Sílvio Santos, Fábio Farias, e o presidente da ECT, general Floriano Peixoto, estão cometendo um crime contra os 100 mil trabalhadores e suas famílias. Bolsonaro e seus aliados são verdadeiros batedores de carteira, roubando todos os direitos econômicos e sociais conquistados pela categoria em décadas de luta. Além de tudo isso, a privatização vai resultar na demissão em massa da categoria.
Cinicamente, como é tradicional dos patrões e seus governos, chamam os trabalhadores de “privilegiados”, justamente a categoria que ganha o menor salário entre as estatais, menos de dois salários mínimos. Tudo isso para justificar o roubo e a privatização.
O ato em Brasília, além de lutar contra o criminoso governo Bolsonaro, também será um ato para pressionar o Tribunal Superior do Trabalho (TST) que irá julgar a greve. Mas antes de qualquer coisa é preciso deixar muito claro que não se deve ter absolutamente nenhuma ilusão nesse Judiciário.
Esse juízes, que em geral são contra os trabalhadores, estão ainda mais comprometidos com os capitalistas desde o golpe de Estado. O TST e o STF já mostraram que estão numa jogada casada com a direção da empresa e o governo Bolsonaro para privatizar os Correios.
Nesse sentido, o trabalhador tem que ter claro que está enfrentando um Judiciário golpista que, para privatizar os Correios, vai se tornar cúmplice do roubo de Bolsonaro contra os trabalhadores. É uma verdadeira quadrilha de bandidos: Bolsonaro, Fábio Farias, Floriano Peixoto e ministros do TST. Todos eles estão unidos contra os trabalhadores.
Por isso, uma conclusão que se deve tirar a partir do ato em Brasília é que será preciso radicalizar a greve seja qual for a decisão. A greve só pode terminar com todos os direitos garantidos, aumento real e o fim do processo de privatização da empresa.
É preciso mostrar a força da categoria, imediatamente em Brasília, reagindo em uma grande assembleia nacional contra as decisões contra os trabalhadores e o povo tomadas pelo TST, bem como organizar novos atos nos estados e um novo ato nacional ainda maior, intensificar os piquetes e preparar a ocupação dos setores de trabalho. A única linguagem que esses bandidos entendem é a força do trabalhador. Contra a medida de força que o governo Bolsonaro está impondo contra a categoria, é preciso responder com mais mobilização e radicalização.
O ato em Brasília no dia de hoje deve servir para organizar a categoria em nível nacional. Somente um movimento amplo, unificado nacionalmente será capaz de barrar esses ataques. Nesse sentido, é tarefa primordial de todos os trabalhadores, superarem, por meio de uma organização independente na base, a política pelega e patronal do PCdoB/CTB que domina os dois maiores sindicatos do País, São Paulo e Rio de Janeiro.
As diretorias desses sindicatos dividiram a categoria para dificultar a mobilização e assim favorecer a direção da empresa e portanto a própria privatização. Tanto é assim, que as diretorias dos sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro se recusaram a participar do ato nacional. Em suas bases, estão atuando contra a mobilização, não fazem piquetes e sequer realizam assembleias de verdade, fazendo reuniões virtuais que são uma farsa.
Esse ato nacional é em defesa dos trabalhadores dos Correios, contra a privatização e acima de tudo contra esse governo Bolsonaro, inimigo dos trabalhadores e amante dos patrões. Por isso, não apenas os trabalhadores dos Correios estão convocados para o ato, mas todos aqueles que lutam contra o golpe e o governo.