Diante do avanço da extrema-direita fascista, o coletivo de mulheres do Partido da Causa Operária, o Coletivo Rosa Luxemburgo, publicou um boletim em defesa do direito do aborto. O texto é baseado nos acontecimentos recentes, uma vez que uma menina de 10 anos engravidou após ser estuprada pelo próprio tio e teve o direito ao aborto negado.
O aborto é legal no Brasil quando a gravidez pode oferecer risco à vida da mulher e quando o feto é resultado de um estupro. Neste caso, aconteceu os dois. A criança foi estuprada diversas vezes e, obviamente, não tinha condição alguma, do ponto de vista físico e psicológico, de continuar a gravidez.
Ao ter o direito ao aborto negado no estado em que reside — o Espírito Santo —, a criança, acompanhada por sua família, acabou tendo de ir até Recife para passar pelo procedimento. Mas a saga não terminou por aí: a militante bolsonarista Sara Winter divulgou onde ela estava e, rapidamente, um grupo de fascistas liderado por parlamentares evangélicos tentaram invadir o hospital. É importante lembrar que a ação foi, inclusive, incentivada pela ministra da Família, a fascista Damares Alves.
O caso mostrou a total falta de escrúpulos da extrema-direita. No fim das contas, a defesa exacerbada de sua política contra o aborto não deixa de ser uma defesa do estupro e da pedofilia, que os fascistas tanto dizem repudiar. Diante disso, é preciso exigir a legalização total do aborto, sem qualquer restrição.
Os ataques da extrema-direita não podem ser ignorados pelas organizações de mulheres de todo o país, que devem se mobilizar contra a extrema-direita que tenta de todas as maneiras acabar com os escassos direitos das mulheres já conquistados ao longo das décadas. Desde a eleição do fascista Jair Bolsonaro, vários direitos das mulheres estão ameaçados, como o direito ao aborto já assegurado por lei e a distribuição de anticoncepcionais para evitar gravidez indesejada.
O Coletivo Rosa Luxemburgo chama todas as mulheres a combaterem a direita com todas as forças, o que nesse
momento se traduz em lutar contra o fascismo em marcha no país, saindo às ruas denunciando as crueldades
do governo Bolsonaro contra as mulheres, sobre a base das seguintes reivindicações:
– Fora Bolsonaro!
– Atendimento dos casos de “aborto legal” pela rede pública de saúde
– Legalização do aborto no país;
– Pelo direito de opção da mulher sobre a conveniência ou não da gestação;
Para ler o boletim na íntegra, acesse aqui:


