Nesta quarta-feira (2), em Mato Grosso (MT), foi realizado um protesto contra o fechamento do Centro Educacional de Jovens e Adultos Alfredo Marien (Ceja), centro educacional que atinge 1178 alunos matriculados, localizado em Rondonópolis, a 218km de Cuiabá. A maioria do corpo estudantil é composta de Adultos e adolescentes que tiveram que parar os estudos em algum momento e que, na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do centro, encontraram um meio de adquirir a educação formal. O centro e suas salas de aulas também fornecem experiência valiosa aos futuros professores que estudam na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)
A justificação do governo do estado é a reordenação do Ceja, com a transferência e segregação dos vários alunos da EJA e os professores para outras escolas estaduais da cidade, desativando então essa unidade central. Em nota oficial, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), do governo Mauro Mendes (DEM) reintegra que esse reordenamento, inicialmente destruidor, significará de alguma maneira a expansão do EJA na cidade, com a oferta dessa modalidade para três outras escolas. Não é atoa que os envolvidos se reuniram para protestar na frente do Ceja: Essa suposta expansão é uma farsa, e representa mais uma etapa do continuo ataque a educação publica não apenas no estado, mais em todo o país.
A verdadeira expansão da modalidade requereria que não só essa modalidade se expandisse para todas estas escolas, como o Ceja fosse mantido aberto e melhor financiado para atender ainda mais estudantes em necessidade e mais centros como este fossem abertos em todo o estado. O que a Seduc alega é na verdade o oposto da expansão, e faz parte de um jogo minucioso de justificativa de baixas verbas dentro do regime neoliberal do governo golpista, que enquanto existir irá fechar mais escolas. Isto é visto pela decisão da Seduc golpista de expandir essa “reorganização” para todos os 21 Cejas do estado.
O protesto é composto das categorias do EJA afetadas por essa decisão e constitui um fenômeno de caráter positivo justamente, pois mostra que os jovens trabalhadores e a comunidade escolar estão dispostas a manifestar suas reunificações principais e a se mobilizar contra o ataque à educação para jovens e adultos e pela defesa de seus interesses. Não existem eleições ou medidas jurídicas ou politicas vindas do estado burguês que irão resolver estas questões. É necessário que as categorias afetadas, principalmente a juventude e a comunidade escolar, se organizem e se mobilizem para não permitir que esse continuo ataque se manifeste, e principalmente pela pauta politica que é o fora Bolsonaro e todos os golpistas.