A Media Provisória 936, aprovada pela Câmara dos Deputados, que violenta os direitos dos trabalhadores com a esfarrapada justificativa da manutenção do emprego e da renda dos trabalhadores em tempos da pandemia do coronavírus, que tem como um dos pontos fundamentais a redução da jornada de trabalho e salários em até 70%, que liquida com as convenções coletivas de trabalho, sendo que os acordos poderão ser estabelecidos entre empregado e patrão, interrupção do contrato de trabalho, dentre outros ataques, teve o seu texto enviado para o Senado que deve ser votada nessa semana.
Os banqueiros, através dos seus representantes no parlamento, estão numa ofensiva reacionária contra os direitos históricos da categoria bancária, conquistados através de muitas lutas, como é o caso da jornada de trabalho de 30h semanais. É bom lembrar que a conquista das 30h semanais foi um a luta árdua dos bancários contra as péssimas condições de trabalho da categoria. De lá para cá o que se vê é o aumento, diante da voracidade por lucros dos banqueiros, de adoecimento laboral nos bancários. Aumento da carga de trabalho, exigência, a cada dia, sob o regime de chicote para cumprir as metas cada vez mais exigentes, mesmo sem as condições mínimas para isso, tem aumentado consideravelmente o desenvolvimento de inúmeras doenças, tais como depressão, síndrome do pânico, Ler/Dort, entre outras sequelas que fazem da categoria uma das mais afetadas com as doenças ocupacionais.
Os serviçais dos banqueiros no Senado, como forma de beneficiar ainda mais o setor da economia mais parasitária do país, estão propondo a inclusão de uma emenda à MP 936 cujo objetivo é justamente eliminar a jornada legal de seis horas diárias de trabalho dos bancários.
A MP do governo e a emenda dos parlamentares bolsonaristas, ambos capachos dos banqueiros nacionais e internacionais, que altera a jornada dos trabalhadores bancários, tende a agravar exponencialmente a política de terra arrasada para os trabalhadores. Os bancários estão sendo diretamente atingidos pelas “reformas” do governo golpista Bolsonaro, de liquidação dos direitos dos trabalhadores: fim da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), terceirização, privatizações, demissões em massa, etc.
É necessário organizar um forte movimento nacional dos bancários para derrotar a ofensiva dos banqueiros, que com o golpe de Estado, se sentiram à vontade para desfechar um profundo ataque à categoria e beneficiar meia dúzia de parasitas capitalistas. Além disso estão se aproveitando, de maneira oportunista, do cenário de pandemia para aumentar, ainda mais, esses ataques.
Criar comitês de luta em todos os locais de trabalho com plenárias nacionais com a perspectiva de organizar uma greve geral da categoria e barrar toda a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos. Além disso fazer um chamado de toda a categoria para participar do ato, presencial, no próximo dia 13 de junho pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, que estará sendo realizado em todas as capitais brasileiras. Atos esses onde serão adotadas todas as medidas de precauções necessárias para evitar a contaminação do novo coronavírus. Os trabalhadores não vão derrotar a direita golpista e o governo ilegítimo Bolsonaro ficando em casa, ou só nas redes sociais. É preciso ir às ruas, reabrir os sindicatos, a CUT. Somente com o povo nas ruas, mobilizado, organizado, poderá derrotar Bolsonaro e toda a corja de bandidos que o sustenta.