O governador golpista do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) é um dos direitistas mais entusiasmados com a política fascista das escolas militares: em decreto publicado no Diário Oficial do Estado de 27 de novembro ele convocou 806 policiais aposentados a integrar o Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários para atuarem no programa Colégios Cívico-Militares.
Um projeto da extrema-direita
Sancionado em 20 de outubro de 2020, o projeto paranaense alinhou-se às diretrizes básicas do Ministério da Educação, que, em setembro de 2019, na gestão do ex-ministro golpista, o lunático Abraham Weintraub, lançou, em parceria com o Ministério da Defesa, as bases para a militarização de centenas de escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio. No Paraná, em 2021, serão 215 escolas públicas, em 117 municípios.
O fascista do PSD enviou o projeto à Assembleia Legislativa em regime de urgência, sem qualquer discussão em audiências públicas ou debates com a população. Aprovado, foi transformado em lei e publicado no Diário Oficial de 23 de outubro. Quatro dias depois, iniciou-se a consulta dos responsáveis pelos alunos, prevista em lei para durar dois dias, ou seja, 48 horas.
Uma ditadura aberta que está aumentando nos estados do país
No modelo cívico-militar, não haverá mais eleição para a escolha dos diretores, o que na prática já estabelece uma verdadeira ditadura nas escolas. O organograma das escolas prevê um diretor-geral e um diretor-auxiliar, ambos servidores públicos indicados pela Secretaria de Educação.
A novidade é a inclusão de um militar para a atribuição de diretor cívico-militar, assessorado “por dois (…) até o limite de quatro militares para a função de monitores”. Conforme prevê o Capítulo IV da Lei, “o diretor cívico-militar exercerá a gestão na área de infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares”.
O projeto do governo federal prevê, segundo o MEC, implantar 215 escolas, em todo o País, até 2023.
Escolas militares custam três vezes mais do que escolas regulares
Estas instituições são mantidas com verbas do Ministério da Defesa e têm autonomia para montar o currículo e a estrutura pedagógica. São R$19 mil por estudante. Cada aluno de colégio militar custa ao País três vezes mais do que quem estuda em escola pública regular.
O setor público investe, em média, R$ 6 mil por estudante do ensino básico anualmente. Está mais do que evidente que se não se trata da disciplina fascista mas dos investimentos governamentais.
Modelo expõe o fascismo no regime
A questão central do colégio militar é o caráter ditatorial da escola, do regime dos militares sobre o corpo de professores, que são selecionados baseados em sua afinidade com a ideologia barata da direita militar, e a completa falta de voz dos estudantes perante esta instituição, que ridiculamente se intitula como o melhor centro de educação que a educação publica pode oferecer uma grande piada.
Ao invés de cair na propaganda da imprensa burguesa, a comunidade escolar deve lutar contra a politica fascista nas escolas e pelos investimento na educação pública. É necessário que os estudantes se mobilizem contra o avanço do fascismo no espaço escolar. A mobilização se demonstra ser a saída mais acertada para acabar com a extrema-direita.