Antes mesmo das aulas presenciais retornarem, um inquérito que avalia a prevalência de coronavírus entre os estudantes de SP revelou que ao menos 236.841 crianças e adolescentes já forma contaminadas durante a pandemia, um valor, que em percentuais, equivale a 16% do ensino fundamental e médio da capital paulista.
A pesquisa destaca que na retomada gradual das atividades presenciais, apenas 12,6% dos alunos terão anticorpos para a doença no ensino privado, 15,4% na rede pública estadual e 17,6% na rede municipal.
Os dados em primeiro lugar revelam o genocídio que já está em marcha contra a população jovem brasileira. Deste número de infectados a maioria se dá entre pessoas de baixa renda e negras ou pardas, conforme o levantamento, localizados sobretudo em escolas públicas. Esta informação, mesmo subnotificada, é importante para revelar a mortandade provocada pela falta de política do governo em combate a pandemia.
Um segundo ponto é sobre o risco da abertura das escolas. Apenas nas escolas privadas, cerca de 30% dos alunos moram com idosos, e o número de crianças assintomáticas que testaram positivo, são o dobro em relação aos adultos. Ou seja, com a entrada destes jovens no ambiente escolar em plena pandemia, o número de casos não irá só aumentar exponencialmente, como também a morte se espalhará, para os jovens mas principalmente para os familiares das vítimas.
São Paulo chegou a lançar um projeto de testagem de alunos e professores para identificar a incidência da contaminação. Contudo, os valores obtidos ainda correspondem uma parcela ínfima da comunidade acadêmica, deixando claro que a situação real, sem sequer haver reabertura das escolas, é várias vezes maior do que a divulgada.
O projeto de reabertura já foi visto em prática em locais como Amazonas, Maranhão, etc. Os resultados, seja no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos revelam que o retorno às aulas ameaça ampliar o genocídio contra a população.





