Recentemente, o blogue Tribuna Classista, mantido por alguns militantes da dissidência do Partido Obrero da Argentina, liderada por Jorge Altamira, publicou uma consideração sobre um documento escatológico que tem por título “Reflexões críticas de egressos do PCO”, cujos signatários publicam um outro blogue intitulado O partisano, uma espécie de revista Piauí feita por amadores.
A conclusão do grupo é que estão a disposição para discutir com os signatários deste documento.
Esta é, sem qualquer dúvida, uma manifestação de extremo desespero que vale a pena caracterizar para melhor compreender a política da esquerda pequeno-burguesa.
Nem vamos entrar no debate das calúnias absurdas que os signatários do documento fazem contra o PCO, que os ávidos membros do blogue Tribunda, embora não tenham a menor ideia do que os outros estão falando, dá como absolutamente seguro”. Afinal, o que tem importância é atacar o PCO com qualquer argumento que seja.
O blogue Tribuna Classista considera que o PCO está completamente absorvido pelo PT e o grupo do Paesano considera que o PCO é sectário em relação ao PT e defende explicitamente a política de colaboração de classes daquele partido no governo. Afinal, qual seria o problema? Conversando a gente se entende, principalmente se for para atacar o PCO.
Segundo o blogue TC, o PCO rompeu com o programa da IV Internacional. Essa seria a sua principal acusação contra o partido, já o Parmigiano renega e combate o marxismo em suas questões mais elementares e é francamente anticomunista. Mas isso tudo é sem importância. O fundamental é atacar o PCO, seja com que política ou ideologia for.
Aqui temos dois fenômenos complementares. O TC é um dos grupos políticos mais insignificantes da esquerda nacional, sequer é uma organização formal, mas um “grupo de apoiadores do Comitê pela Refundação da IV Internacional no Brasil”. Agora estão apoiando uma facção que aparentemente foi expulsa dessa reconstrução da IV Internacional, de forma que não se sabe o que eles apoiam agora.
Nessas condições, a sede política de sair dessa insignificância é tão desesperadora que estão dispostos a beber água do esgoto político.
O segundo é que todos os elementos pequeno-burgueses que saíram do PCO, na quase totalidade dos casos por não serem capazes nem de manter uma militância real nem de suportar a pressão da esquerda pequeno-burguesa ou da direita estão sempre unidos, como se fossem parte de uma associação de enjeitados do PCO, no seu rancor contra o Partido, no que, de fato, em nada se diferenciam da esquerda pequeno-burguesa em geral.
Um traço comum de toda a política pequeno-burguesa é que são mortalmente hostis à revolução proletária e, portanto, à organização revolucionária da classe operária. No Brasil, este traço assumiu a forma de um verdadeiro ódio ao PCO.