As eleições municipais de 2020 foram marcadas pelo controle por parte do centro golpista, que através de uma série de manobras legais e ilegais conquistaram mais prefeituras.
De um modo geral, não é uma novidade política, tanto a fraude eleitoral nem a manipulação das eleições, através de expedientes como a compra de votos, uso do judiciário e fraude pura e simples.
Em Feira de Santana, segunda cidade mais populosa da Bahia, e uma das mais importante do Nordeste brasileiro, ocorreu o segundo turno eleitoral. Disputaram duas candidaturas:
Colbert Martins (MDB), atual prefeito representante da direita que governa a cidade a mais de 20 anos, que agride os trabalhadores do comércio informal da cidade, que cortou parte dos proventos dos professores municipais em plena pandemia.
José Neto, deputado federal, candidato do PT, que teve como vice na sua chapa eleitoral, o empresário Roque Santos, do Partido Progressista, representante de um setor de egressos do carlismo vinculados ao vice governador João Leão aliado do governador do estado da Bahia, Rui Costa (PT)
O resultado eleitoral com a “vitória” do candidato da direita Colbert Martins somente foi alcançado através de toda sorte de manipulação, uso da máquina pública e impedimento e cerceamento do direito do voto dos moradores dos distritos rurais, em uma clara fraude eleitoral.
Segundo denúncias amplamente divulgadas na cidade, a prefeitura comandada pelo MDB e DEM, do ex-prefeito José Ronaldo utilizaram de um esquema tradicional de compra de votos e manipulação do processo eleitoral para desrespeitar a vontade popular. O candidato do PT, Zé Neto declarou na imprensa local que cestas básicas foram distribuídas, configurando-se um crime eleitoral de compra de votos.
“Foram distribuídas mais de 23 mil cestas básicas para ajudar de forma absolutamente ilegal os fins de campanha. Acabava um ato político dele e vinha uma cesta básica na sequência”, afirmou Zé Neto (http://m.jornalfolhadoestado.com/noticias/114583/pt-acusa-colbert-de-uso-indevido-da-prefeitura#)
Além disso, o candidato da direita utilizou estrutura da prefeitura para intervir diretamente no processo eleitoral, assim órgãos públicos foram agenciados para dificultar e mesmo impedir o acesso dos eleitores da zona rural às urnas. O PT chegou fazer uma representação formal no dia da eleição contra o Superintendência de Trânsito que estava impedindo a circulação de transporte na zona rural, isso porque no 1 turno, o candidato do PT tinha sido vitorioso nas referidas zonas eleitorais.
È preciso uma ampla campanha de denúncia dessa escancarada fraude eleitoral em Feira de Santana, como de resto em todo país, os trabalhadores e suas organizações não devem reconhecer a eleição de Colbert Martins como uma eleição legitima, assim como o presidente golpista Jair Bolsonaro, somente conseguiu o resultado eleitoral fraudando a vontade popular.