Nesse sábado (13), como no mundo todo, ocorreram protestos em várias cidades da Inglaterra. Os atos, contra a violência policial e o genocídio expresso na morte de George Floyd nos EUA, encontraram uma manifestação da extrema-direita inglesa e acabaram com a polícia tendo que proteger os fascistas, que sentiram o peso da força da mobilização da esquerda e dos negros britânicos.
Manifestações ocorreram em Londres e Newcastle, também em Paris, na França; em Praga, na República Tcheca, em cidades australianas; em Taipei, Taiwan; no Japão e em Zurique, na Suíça.
Segundo a agência Reuters, citada pela imprensa burguesa brasileira, “na Trafalgar Square e nas avenidas vizinhas, pequenos grupos empurravam, jogavam garrafas, latas e disparavam fogos de artifício contra policiais de choque com cães e cavalos alinhados. Grupos de extrema-direita gritaram insultos raciais contra os manifestantes anti-racistas, e alguns tentaram usar barreiras metálicas para quebrar as linhas policiais”.
Muitos carregavam cartazes com dizeres como “ser negro não é crime”, e reivindicações contra o capitalismo, contra a direita, entre outros. Houve manifestações em diversas cidades britânicas, centenas de participantes usavam máscaras devido ao surto de coronavírus. Por outro lado, entre as reivindicações da extrema-direita estavam coisas como:
“Winston Churchill, ele é um dos nossos”, afirmou um manifestante direitista à Reuters. “Minha cultura está sob ataque. Esta é minha cultura e minha história inglesa: por que Churchill deveria ser atacado? Por que o Cenotaph é atacado? Não está certo”, disse o fascista David Allen.
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Na sexta (12), o primeiro-ministro de extrema-direita Boris Johnson classificou como “absurdo e vergonhoso” que a estátua de Churchill sofresse risco de ataque. “Sim, ele às vezes expressou opiniões que foram e são inaceitáveis para nós hoje, mas ele era um herói”, disse ele. Um herói da burguesia e do imperialismo, tão fascista quanto Hitler.
A derrubada de monumentos é questionável, mas nunca se pode impedir pela força as massas de os derrubarem, como estão fazendo os fascistas.
Este episódio escancara uma verdade elementar da luta de classes. A rua não é dos fascistas! A rua é do povo e de suas organizações populares (como partidos de esquerda, movimentos sociais, etc). Nenhum acordo deve ser feito no sentido de dividir as ruas com a extrema direita, como alguns setores de esquerda do Brasil estão fazendo. A única forma de defender o povo é expulsar os fascistas das ruas!