Circula nas redes sociais um vídeo que mostra um adolescente negro sendo agredido por um policial militar durante abordagem, no Subúrbio Ferroviário de Salvador (BA). O adolescente leva um forte chute no rosto desferido pelo soldado da PM bahiana.
Em nota, o comando da PM da Bahia afirmou que não compactua com as violências cometidas contra a população. Contudo, o que se verifica é que tal violência é uma política pública planejada e executada pela própria PM como um todo, que nega isso somente quando vem a público qualquer uma de suas arbitrariedades flagradas pelas câmeras. Os policiais treinam para bater, torturar e, quando julgarem necessário, assassinar.
O caso evidencia mais uma vez o caráter da polícia militar, uma máquina armada que é treinada e adestrada para a repressão contra a população, em especial a pobre e negra. Todos os dias, em todas as partes do país, há notícias de assassinatos, violências, chacinas, massacres e arbitrariedades de todos os tipos praticados pelas polícias militares.
Não é possível que exista um Estado de Direito com a existência das polícias militares, instituições que agem de forma criminosa contra a população. As PMs violam os direitos democráticos do povo e promovem um verdadeiro genocídio no país, que anualmente ceifa a vida de milhares de jovens e negros nas periferias urbanas.
É preciso mobilizar o povo e as suas organizações de luta pela imediata dissolução dessa máquina genocida chamada Polícia Militar e substitui-la por milícias populares formadas pelas organizações da classe trabalhadora.