Depois de seis meses com as aulas presenciais suspensas devido a pandemia de Covid-19, alunos da educação infantil das escolas particulares do Distrito Federal retornaram às salas de aula nesta segunda-feira (21/9). Segundo estatísticas do momento, aproximadamente 25% das 570 escolas particulares retornaram.
Quanto ao número de alunos, de acordo com o levantamento feito, aproximadamente um terço foi às aulas. Mas este dado não é exatamente confiável, pois foi dito pelo Presidência do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF), um setor interessado, pra não dizer desesperado para o retorno presencial do ensino.
O presidente do sindicato afirmou ainda que o número de alunos que compareceram no primeiro dia atendeu as expectativas. Claro que ele diz isso, pois é um impulsionador das reaberturas no DF, afinal de contas, esta é a um política genocida empreendida pelo governador Ibaneis e apoiado pela burguesia.
Em audiência pública feita em 24 de agosto com representantes do Sinepe/DF e o MPT, ficou decidido que a educação infantil seria a primeira a testar o retorno presencial, em 21 de setembro.Posteriormente, em 19 de outubro, retornam os alunos do ensino fundamental 2, e, por último, o ensino médio e profissionalizante, em 26 do mesmo mês.
É através de uma intensa campanha de demagogia e lorota, inclusive apoiado pela própria imprensa burguesa, o PIG (partido da imprensa golpista), em que estes afirmam que o retorno será ”seguindo protocolos”, ”cumprindo exigências de segurança”, etc. – fica evidente o desespero pela política de reabertura, como já dito antes por um direitista genocida porém sincero, morra quem morrer.
Finalmente, já existe uma pesquisa afirmando que 75% da população é contra essa medida sanguinária dos capitalistas. Em que pese as ressalvas necessárias ao se deparar com pesquisas sobre as quais o controle dos estudantes é nulo, uma insatisfação generalizada.
Mesmo assim, essa situação só pode se reverter através de uma ampla convocação por mobilizações estudantis, junto de pais, professores, funcionários e técnicos pela suspensão do calendário acadêmico. Até que as condições de segurança sanitária sejam estabelecidas, não se pode aceitar este tipo de ameaça pelo capricho, o interesse mesquinho da burguesia que em nada se assemelha ao da população, especialmente dos estudantes e seus familiares.
Volta às aulas só depois da pandemia e com vacina.
Dizer não ao genocídio!