Nesta terça-feira (4), por volta das 18h, ocorreu uma forte explosão na região portuária de Beirute, capital do Líbano. Estima-se que 150 pessoas foram mortas e mais de 5 mil, feridas. Uma parte significativa da cidade foi destruída.
O governo libanês anunciou que vai estudar as causas da explosão. Há duas hipóteses sobre o ocorrido. A primeira seria a explosão de um local que armazenava cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, sem as medidas de segurança apropriadas. Este material é um composto que pode ser usado como fertilizante, mas que serve para a produção de explosivos.
A segunda hipótese diz respeito a uma intervenção externa, que teria se realizado com o lançamento de um míssil ao porto. Este ato de agressão externa poderia ter sido cometido pelo Estado de Israel, que é um dos principais aliados do imperialismo norte-americano no Oriente Médio. Um dos alvos seria o Hezbollah, uma força política do tipo nacionalista que tem muito poder e influência política no Líbano.
Estados Unidos, Israel, Alemanha, Rússia, França e Irã ofereceram ajuda ao governo libanês para investigar as causas da explosão. Em relação aos países imperialistas, as autoridades libanesas expressaram uma desconfiança, uma vez que o envolvimento destes países poderia servir para direcionar politicamente a investigação e, assim, ocultar suas verdadeiras causas. Os países do Oriente Médio sabem que não existe qualquer pretensão humanitária por parte do imperialismo, que já despejou toneladas de bombas em países da região.
Alguns países do Golfo Pérsico, como Catar, Kuwait, Jordânia se colocaram à disposição, enviaram mensagens de apoio ao Líbano e ofereceram ajuda. O Iraque ofereceu ajuda médica emergencial. O Irã enviou mensagens de apoio.
É preciso acompanhar o desenvolvimento das investigações, tendo como base a disputa de interesses que estão em jogo. Por exemplo, quem são os beneficiados com o prejuízo causado ao Líbano com esse “acidente”? Caso se confirme a hipótese de um atentado por parte do imperialismo, é preciso repudiá-lo como uma monstruosidade que isto significa. No entanto, ainda que nada fique provado, é pública a notória a ingerência do imperialismo sobre os países da região.
Outro aspecto que reforça essa avaliação é que, oficialmente, o Líbano está em estado de guerra com Israel, o principal representante do imperialismo norte americano na região. Nas últimas décadas, diversos enfrentamentos ocorreram entre os israelenses e os libaneses. O Hezbollah é considerado uma organização terrorista pelo departamento de Estado dos Estados Unidos e é permanentemente atacado pelas forças militares israelenses.
Em se tratando do Oriente Médio, que é marcado pela presença do imperialismo mundial e, em especial, dos norte-americanos, é necessário manter-se alerta. As manifestações de solidariedade dos principais países imperialistas podem ser uma manobra para infiltrar-se no país. A história esclarece que deve-se esperar de tudo do imperialismo.