Na última tarde dessa quarta-feira (18), o hall da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) no Centro Cívico de Curitiba, onde trabalham os deputados estaduais, foi ocupado por cerca de 300 servidores, que há um dia já estavam acampando em frente ao prédio, exigindo uma atitude dos deputados que atendessem às suas reivindicações.
Em meio ao protesto, os seguranças apreenderam Hermes Leão, presidente da App-Sindicato, que logo contou com o apoio dos que estavam presentes para exigir sua soltura e manifestação. Suas reivindicações consistiam em exigir a revogação do edital 47 do Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Secretaria de Estado da Educação, que fala da contratação dos professores pelo sistema temporário; a revogação da militarização das escolas estaduais paranaenses; o pagamento de progressões, que para outras categorias já haviam sido atendidas; e também foi manifestado o “fora Feder” em alto e bom tom mobilizando os professores contra o atual governo fascista de Ratinho Jr.
Em resposta, o juiz substituto Fábio Luiz Decoussau Machado determinou que os manifestantes desocupassem o local sob pena de pagamento de multa. A liminar prevê uma multa de 30 mil reais por ocupante por dia de ocupação caso descumpram a ordem. O mesmo alegou a entrada dos manifestantes como sendo agressivo e desrespeitoso, determinando que os educadores não têm o direito de se manifestarem, acusando-os de impedirem as atividades parlamentares.
Segundo Hermes, os servidores não desocuparão o prédio da Alep até que se tenha uma resposta concreta do governo. Reitera que a violência foi por parte do próprio governo, que além de negar uma conversa que discutissem às suas exigências, estão desrespeitando uma categoria inteira de grande relevância à sociedade. Em nota, o Sindicato dos Educadores afirma que o Processo Seletivo Simplificado (PSS) foi pauta presente em várias reuniões entre os representantes do Estado do Paraná no sindicato e pelos professores ao longo do ano corrente. Foram meses de encontros oficiais e discussões sobre os assuntos destacados.
O fato é, esse é mais um ato de desrespeito dos deputados em relação aos servidores por se recusarem a ouvir suas exigências em relação às suas demandas que prejudicam uma classe inteira de educadores e os acusam de violência quando na verdade é o governo que está violentando o direito dos trabalhadores, e ainda sob ameaças de multas, proibindo o livre direito de se manifestar.
O juiz, os deputados e o governo do estado estão atacando a classe de educadores como se estiverem na ditadura militar. Essa é a obra de um governo fascista e opressor que frequentemente bate em seus professores e usurpam seus direitos. É preciso radicalizar e aumentar as ocupações como resposta.