Nem a pandemia tira o ímpeto dos capitalistas em atacar a Venezuela e o governo bolivariano de Nicolás Maduro. Desta vez, a AT&T suspendeu os serviços da sua operadora de TV a cabo, DirecTV, em todo o território venezuelano.
Segundo a AT&T, a decisão se deu pelo cumprimento das sanções econômicas impostas pelo governo norte-americano à Venezuela. Em comunicado, a empresa justifica-se dizendo que não conseguia atender os requisitos legais de ambos os países e, por consequência, teve de interromper seus serviços na Venezuela.
O que tem-se aí é mais uma manobra do governo americano para jogar o povo da Venezuela, especialmente a pequena burguesia, contra Maduro. Pedro Carreño, parlamentar bolivariano, que já havia, em 2002, acusado a DirecTV de ter instalado um sistema bidirecional com o intuito de gravar os venezuelanos, se posicionou, de maneira sarcástica, contra a oposição ao governo, dizendo que a oposição deveria estar “comemorando” as sanções contra o povo venezuelano como se elas fossem contra Maduro e, enquanto isso, a Venezuela sofre falta de remédios, combustíveis, lubrificantes e peças de reposição devido às sanções.
Recapitulando os últimos acontecimentos, o governo norte-americano vem, sistematicamente, provocando a Venezuela. Além das sanções econômicas, foram feitas várias sabotagens contra a infraestrutura do país. A Casa Branca ordenou bloqueio de navios venezuelanos de transporte de petróleo, sob o ridículo pretexto de que o governo venezuelano é narcoterrorista e os navios estariam transportando drogas. Recentemente, os Estados Unidos financiaram, com ajuda da burguesia venezuelana, a invasão do território nacional por grupos de mercenários. A iniciativa foi frustrada, pois o povo, pessoas da classe trabalhadora, botaram traidores do exército e ianques para correr.
A oposição venezuelana, liderada pelo serviçal imperialista, Juan Guaidó, sobre a suspensão dos serviços da DirecTV, diz que a decisão se deu por culpa do governo ser uma ditadura.
Juan Guaidó, um tipo insignificante e débil, chegou a se autoproclamar presidente da Venezuela de maneira mais do que ridícula. Quase como um Napoleão de hospício.
O opositor golpista, que esteve por trás da invasão frustrada pelos mercenários, continua solto. Fosse Guaidó um parlamentar norte-americano que agisse contra os EUA, já estaria preso (e torturado) em Guantânamo ou até enterrado em algum fim de mundo. Em contraste, o governo Maduro se mostra demasiadamente leniente com o opositor, mostrando para o mundo todo que não é uma ditadura.
Em resposta à suspensão dos serviços pela DirecTV, o governo, através de ordem do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela expropriou os bens da TV a cabo. Deve-se lembrar que a ordem foi apenas o resultado da operadora ter se negado a reestabelecer seus serviços após ordem da justiça.
A ação da corte é mais do que acertada, pois permitirá que o governo tenha capacidade de prover à população os serviços que os norte-americanos abandonaram. Espera-se que esta atitude se repita em todos os setores que entrarem em falência ou sabotarem o país. Apenas através dessa ação será possível conter a ofensiva americana.
Dados fatos apresentados, fica claro que a esquerda brasileira e mundial deve se mobilizar ativamente em defesa da Venezuela e contra o imperialismo. O povo latino-americano não deve aceitar a intervenção imperialista no continente.