O governador golpista Mauro Mendes, mais conhecido também pela população mato-grossense de “Mauro Mente”, mais uma vez, como não poderia faltar, ataca a educação. Neste caso, trata-se do fechamento de três escolas em Várzea Grande: E.E. Mercedes de Paula Sôda, E.E. Miguel Baracat e E.E. Ernandy Mauricio Baracat de Arruda.
Como de praxe, por ser um elemento direitista e autoritário, pois faz parte do partido da antiga Arena, o partido da ditadura militar, Democratas (DEM), enviou documentos “orientando” o fechamento dessas escolas, sem nenhum respaldo democrático da gestão de tais escolas, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Mato Grosso – Subsede Várzea Grande (SINTEP-VG), funcionários e alunos.
Para concluir com chave de ouro e como um “gesto de piedade”, repassou todo o contingente de alunos para outras escolas. Como se os alunos, simplesmente, fossem animais de pasto, a bel prazer, sob seu governo ditatorial, manda e desmanda para que os estudantes dessas escolas, sem a conveniência destes, vão para outras escolas.
Esse episódio é muito importante para elucidar o período político que estamos inseridos, que é o golpe de estado de 2016. A burguesia não está mais interessada de ter qualquer contrato mínimo democrático possível com a população, como ocorreu com os governos do PT, em que pelo menos a nível presidencial, mesmo que a burguesia tendo o controle da tal chamada “justiça eleitoral”, os resultados, de fato representaram o interesse (mesmo que degenerado) da classe trabalhadora, tendo elegidos Lula e Dilma duas vezes.
Isso tudo, logicamente, por conta da consequência da crise neoliberal do governo de fome de FHC na década de 90, em que a burguesia encontrou-se na defensiva e que apenas aceitou o governo de Lula, impondo uma série de restrições, a principal que foi de implementar um vice direitista, José Alencar.
Mas o momento atual é diferente, devido à crise econômica potencializada em 2008, os tubarões capitalistas estão mais sedentos pelo lucro, visto que os bolsos deles estão ficando mais vazios. Soma-se a isso a pandemia, que causou mais estrago ainda na economia. Devido a esses dois fatores, os parasitas do dinheiro, bem representados por Bolsonaro (sem partido), Mauro Mendes (DEM), Lucimar Campos (DEM) e toda a sua laia no cenário político, articulam não somente na educação, assim como em todos aspectos do dia-a-dia, um projeto de política de terra arrasada. E uma dessas medidas é de cometer essa bandidagem de mais alto nível, que é o fechamento dessas três escolas.
Devido a esses ataques, o Sintep-VG, assim como toda a comunidade escolar, e as organizações de esquerda e a população em geral de Várzea Grande vêm realizando assembleias e manifestações, como ocorreu neste sábado, 21 de novembro, na E.E Mercedes de Paula Sôda.
É preciso ampliar atos como este. Além disso, não ter nenhuma ilusão do encontro que ocorrerá nesta quarta-feira, 25 de novembro, às 08h, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) que tratará sobre esses acontecimentos.
O canal principal desta luta, como sempre ocorreu na luta de classes e nas conquistas de direitos sociais, é através da mobilização popular. Terá, inclusive, um ato no dia 24/11, terça-feira às 17h semelhante da Escola Miguel Baracat no Bairro Pirineu.
Logo, é preciso impulsionar essa luta para além do âmbito institucional, pois já temos mostras suficientes de que não será por meio das instituições dominadas pela direita que conseguiremos algo significativo, como o caso emblemático da greve do SINTEP no ano passado.
Portanto, para que esses golpistas sejam realmente pressionados e de evitar que as escolas fechem, somente nas ruas, mantendo e multiplicando a mobilização popular pelas palavras-de-ordem fundamentais que são “Fora Bolsonaro! Fora Mauro Mendes! Fora todos os golpistas!”.