Na pandemia e na crise financeira os banqueiros pressionam para a reabertura econômica. Mesmo com centenas de milhares de mortos, a burguesia continua a impulsionar o genocídio da população. Fica claro que o interesse capitalista é de salvar seus bolsos, e para isso, pressiona a volta às aulas presenciais. Nesse sentido, para sanar a crise da demanda das grandes empresas, já foram quase 100 mil crianças infectadas nos Estados Unidos. É isso que a direita quer no Brasil, mas em proporções demasiadamente mais catastróficas.
Nos EUA, foram contabilizados pela Academia Americana de Pediatria e pela “Children’s Hospital Association” que mais de 97 mil tiveram Covid-19 nas duas últimas semanas de julho. Até o período a maioria das escolas ainda estavam fechadas, mas desde o início de agosto diversos estados já retomaram com o ensino presencial, híbrido ou integral. São esses: Kentucky, Mississippi, Georgia e Tennessee.
No Brasil o programa da direita é o mesmo. Como as aulas presenciais providenciam o trânsito de milhões de pessoas, a burguesia anseia desesperadamente para que elas retornem e o PIB se estabilize. Sem contar com interesses eleitorais, ou seja, para dar a aparência de que o vírus já foi resolvido e eleger candidatos que apoiam a reabertura. Aqui, a estrutura para combater a crise sanitária é infinitamente pior que nos EUA, mesmo assim, a direita está indiferente para a vida da população e mais preocupada para pagar suas dívidas eternas aos bancos e as empresas mundiais.
As aulas presenciais retornam em todo o País. Em Manaus já começaram desde julho na rede privada e agora já abriram para o ensino médio da rede pública. Em São Paulo, a título de exemplo, já foi aprovado um plano para a reabertura e a data foi adiada pelo governo para o dia 8 de outubro, mas a prefeitura da Capital demonstra como é tratado o tema: Covas se recusa a afirmar ou a informar sobre como será e quando será o retorno, alegando ser uma decisão exclusivamente do setor da saúde, o qual já permitiu toda a reabertura do comércio na cidade com maior número de contaminados do Brasil. No DF desde abril Ibaneis vem pressionando para o retorno, e a data já está marcada para o final deste mês.
Com o exemplo dos EUA, fica claro que toda a comunidade escolar precisa se mobilizar contra o genocídio da juventude brasileira. Não pode haver reabertura das escolas enquanto não houver vacina. Os trabalhadores também devem se unir para impedir o programa criminoso da burguesia, que pretende assassinar especialmente seus filhos e filhas.
Convocamos todos os estudantes a serem a vanguarda que impedirá o assassinato e a contaminação de milhões de pessoas. É necessário fazer greve, ninguém, deve ir a escolas. Além disso deve haver piquetes e inclusive ocupações, só devolvendo na mesma moeda os ataques de Bolsonaro e dos golpistas é que teremos algum resultado.