Na semana passada, as eleições da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) tiveram seu encerramento com a nomeação dos candidatos das chapas que compunham a lista tríplice composta pelo Conselho. As chapas em questão eram três que se classificaram, respectivamente, em primeiro lugar a Chapa Inovação com Inclusão com 47 votos, em segundo lugar a Chapa UFPB em primeiro lugar com 45 votos e por último com zero votos a Chapa Orgulho de ser UFPB, que tinha Valdiney Veloso como candidato a reitor, o que não o impediu de ter sido nomeado.
No dia 5/11, o resultado da consulta realizada com os discentes no dia 26 de agosto foi descartado com a posse da chapa que não conseguiu um voto sequer. Nesse sentido, o atual reitor é um interventor eleito por Bolsonaro, um interventor bolsonarista. Esse não foi o único caso de escolha de reitores que não conseguiram o primeiro lugar da lista tríplice pela consulta. Segundo a UNE (União Nacional dos Estudantes), outros doze casos análogos ocorreram pelo Brasil. O que mostra o caráter amplo e progressivo da intervenção bolsonarista na educação.
Desde então, os estudantes ultrapassaram os esforços legais providos pela UNE e foram às ruas para ocupar a porta da reitoria e lá permanecem por mais de quatro dias. Essa iniciativa da juventude estudantil oferece a oportunidade de organizar o movimento estudantil na luta pela derrubada de Bolsonaro e de seu interventor. Com isso, é mais que necessário apoiar a mobilização e seus esforços para enfrentar o ataque da direita e não só travar a luta pelas instituições como as direções paralisadas tentam travar.
Sem dúvidas, o ato é representativo de toda a comunidade universitária: o grupo que se denomina como Aleph, nome do estudante morto na UFPB em Fevereiro, recebe doações de professores e técnicos que realizam esse apoio à manutenção do protesto, e portanto, da luta dos estudantes. Como sabemos, a juventude é quem possuí o papel de vanguarda no movimentos nas escolas e universidades com o apoio do resto da comunidade, ou seja, dos servidores, dos docente e da comunidade ao redor.
É preciso mobilizar os estudantes para que o protesto não só continue mas, se radicalize e se organize para reunir forças contra a intervenção bolsonarista, revitalizar o movimento estudantil e mobilize os estudantes pelo Fora Bolsonaro. Sem isso, não será possível manter a autonomia universitária, os direitos dos estudantes e a organização do movimento estudantil! É urgente que a mobilização estudantil seja nacional e que proponha o Fora Bolsonaro, o inimigo da juventude estudantil e trabalhadora!