Universidade pública

Estudantes da UFMS devem lutar contra retrocesso do vestibular

As provas de entrada para universidade são o reflexo da política da burguesia de não gastar com educação para todos. Acabar com o vestibular e universalizar o ensino!

Na última sexta-feira (16) o Conselho Universitário da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul mudou a forma de ingresso para o próximo semestre. Ao invés de utilização do SISU, sistema nacional que leva em conta as notas do ENEM, a instituição, por 49 votos a 10, decidiu que 80% das vagas no primeiro semestre de 2021 serão ofertadas via vestibular e 20% via Processo de Seleção Seriada (PASSE).

No segundo semestre de 2021 a proporção seria 40% vestibular, 40% SISU e 20% PASSE. O movimento estudantil era contrário à mudança. A UFMS justificou dizendo que o início das aulas está previsto para 15 de março de 2021 e que o cronograma do ENEM prevê que o resultado final saia somente em 29 de março.

Professores contrários à medida aprovada se manifestaram dizendo que uma medida alternativa seria a suspensão total do vestibular no primeiro semestre e abertura da entrada de estudantes no segundo semestre, utilizando normalmente o SISU.

Os estudantes se prepararam durante todo o ano, inclusive durante a pandemia, mesmo sem qualquer auxílio efetivo do estado, para fazerem o Enem e terem a possibilidade de estudar. Agora, as vagas reservadas ao SISU são excluídas enquanto as vagas do vestibular são aumentadas. Tudo a pretexto de “cumprir o calendário acadêmico”.

A UFMS, como outras universidades públicas, já não possuem um sistema democrático de entrada. A Federal do Mato Grosso do Sul tem 40% de suas vagas ainda sendo oferecidas por meio de vestibular, que, todos nós sabemos, é uma forma de afunilar a entrada de estudantes e selecionar apenas aqueles que tem dinheiro para serem treinados em cursinhos que custam o olho da cara.

O sistema de ingresso por vestibular deve ser extinto e a reivindicação de entrada livre e sem vestibular deve ser o objetivo de todo movimento estudantil do país. A educação, como direito democrático do povo, não deve estar sujeita a nenhuma peneira injusta que privilegie aqueles cidadãos cujas famílias possuam a estabilidade necessária para prepara-los para testes totalmente idiotas. Testes que não servem para nada além de delimitar que apenas estudantes de famílias mais abastadas entrem no meio universitário pequeno burguês, com poucas exceções.

Os estudantes precisam se mobilizar contra decisões como esta ocorrida na UFMS e contra todo retrocesso nos direitos conquistados por lutas históricas. O SISU é o modo mais democrático que já houve e deve ser defendido, não como um fim em si mesmo, mas como uma passo adiante na luta por vagas ilimitadas em todas as universidades públicas, pelo fim do ensino superior privado, pelo fim do EAD, pela estatização de todas as escolas e livre ingresso a toda a população.

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