Por Izadora Dias
Diante a crise que está se agravando dia após dia com a pandemia do vírus Corona, o governo golpista, como já esperado, tem aumentado os ataques contra a classe trabalhadora e não está tomando nenhuma medida eficiente para impedir o avanço das contaminações e o número de mortes no País.
Claro que diante desta situação, a população percebendo que não poderá esperar nada dos governos, além de desgraça, começa agir por si. Em inúmeros bairros, os moradores iniciaram espontaneamente campanhas para recolher alimentos e dinheiro, com a finalidade de revertê-los em cestas básicas às famílias que ficarão sem renda durante a quarentena.
A população está corretíssima em se organizar, inclusive, a sua organização nesse momento é fundamental para sobrevivência durante essa profunda crise capitalista.
A questão é que alguns setores da esquerda, os quais deveriam agir no sentido de organizarem esses moradores de modo a lutarem por reivindicações fundamentais para as massas, têm feito campanhas de doações, seja de alimentos, ou de itens destinados aos hospitais, como máscaras, luvas e álcool gel.
O papel da esquerda nunca foi o de promover caridade. O Estado tem a obrigação de garantir todas as necessidades da população. As campanhas de doações, além de não suprirem todas as carências, aliviam o governo da responsabilidade de agir como deveria, e deixa livre mais dinheiro aos banqueiros, algo que inclusive já está encaminhado. Com o aval do governo bolsonarista, haverá um repasse de 1,2 trilhões de reais, com o intuito de salvar os bancos, ignorando a situação de plena miséria dos brasileiros, como anunciado pelo Banco Central na última segunda-feira (23/03).
Frente a tal atrocidade, a esquerda precisa lutar urgentemente pelo Fora Bolsonaro, pelas medidas de estatização dos hospitais e das industrias farmacêuticas. Deve-se exigir também a construção de milhares de leitos de UTI, a distribuição gratuita de máscaras, luvas, álcool gel, remédios, além de outras medidas que garantirão a sobrevivência de toda a classe trabalhadora, durante a epidemia e a forte recessão que se aproxima mundialmente.