O especialista e epidemiologista russo Michael Favorov afirmou que a pandemia do COVID-19 pode se prolongar e só terminar no final de 2022, caso o quadro de evolução da doença permaneça no ritmo atual. Esta previsão foi tornada pública esta semana em Novosibirsk.
O especialista afirma que uma campanha mundial de vacinação massiva permitiria encurtar o prazo de término da pandemia em até 1 ano. Favrov analisou a situação da doença na conferência OpenBio, celebrada na cidade de Koltsovo, próxima à cidade siberiana de Novosibirsk (3.000 km de Moscou).
A segunda onda do coronavírus, que assola o continente europeu, demonstra que as previsões do cientista russo estão corretas. Na Espanha, foi decretado novo estado de emergência. Itália, França e Inglaterra ampliaram as medidas restritivas. Na Bélgica, há a possibilidade de falta de leitos. Na Alemanha, foi ser decretado “lockdown” em um distrito da Baviera. Todos os dias são registrados recordes de infecções e mortes. Foi noticiado que os países europeus temem um colapso da rede hospitalar.
No Brasil, Estados Unidos e Índia, a primeira onda sequer terminou. Não há sinais de que a pandemia vai decair significativamente nestes países, que são os mais atingidos em números de casos e óbitos. Os Estados Unidos registram 8.776.923 casos confirmados e 225.692 mortes. Já a Índia registra 7.946.429 casos e 119.502 óbitos e o Brasil 5.411.550 casos e 157.451 óbitos.
A reabertura forçada das atividades, promovida pelos governos capitalistas em função da pressão política exercida pelos banqueiros, é a responsável pela situação catastrófica mundial. Os bancos e grandes capitalistas estão preocupados com seus lucros, que diminuíam por causa da paralisação da economia. Para resolver o seu problema, eles pressionaram e lograram êxito em pôr a população trabalhadora para trabalhar novamente, apesar do avanço constante da doença.
Observa-se uma luta feroz em torno da vacina por parte dos monopólios farmacêuticos dos países imperialistas, que realizam uma grande campanha contra a vacina Sputnik V, desenvolvida pela Rússia, e contra a vacina desenvolvida pelos chineses. Fica claro que não existe qualquer preocupação com a vida da população na ótica dos laboratórios e do imperialismo.
A retomada das atividades econômicas acelerou a transmissão do vírus, uma vez que estimulou aglomerações. Contudo, deve-se destacar que a grande massa da população jamais teve direito a um verdadeiro isolamento social para se proteger da doença, pois a satisfação das necessidades básicas e a falta de auxílio por parte dos governos fazem com que se tenha de ir às ruas para trabalhar.





