Diante da crise econômica, os tubarões capitalistas da educação não consegue esconder sua intenções de classe. O objetivo é claro: explorar a comunidade estudantil para salvar seus lucros. Assim, os empresários do ensino privado pressionam o processo de retomada das aulas presenciais.
João Dória (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira (24), que a retomada gradual do ensino presencial está prevista para 8 de setembro no principal estado do País, São Paulo. O motivo por trás do adiamento da volta às aulas, as quais estavam marcadas para voltar em julho, não é a preocupação com a pandemia, se fosse, haveria algum programa para combatê-la ao invés das medidas genocidas de flexibilização da quarentena. Os professores da rede estadual ameaçaram entrar em greve contra a volta gradual nas escolas públicas. Eles alegaram que só voltaram se concordarem que já é seguro, e com a greve organizada exigiram o cancelamento da proposta de Dória.
Em contraposição, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) defendeu abertamente que as escolas particulares já estão aptas para o retorno. Com aptidão, eles querem dizer um preparo desesperado para receber os alunos, funcionários e professores, que em seu discurso cobririam todos os procedimentos de segurança, higiene e saúde. É impossível, sem uma política massiva de combate a crise sanitária, garantir a saúde dos estudantes, os que serão mais afetados pela medida.
Na atual etapa do imperialismo as empresas privadas estão em constante crise, com o coronavírus, principalmente as que necessitam da exploração do trabalho físico, não consegue sustentar as medidas mais básicas de contenção da contaminação. Por isso, sobre a ameaça da demissão e da falência, elas pressionam os sindicatos para tomarem a posição uma posição completamente direitista. Essa, que coloca o lucro acima da vida da comunidade escolar.
Uma das exigências do sindicato é separar a reabertura das escolas privadas e das públicas, uma vez que os professores do ensino público, mais organizados, não aceitam as medidas genocidas. Seu argumento é completamente vazio, acusando-o o poder público de não gerenciar bem os cuidados para a pandemia nas escolas. Finalmente não existe argumento para validar suas posições, fica muito claro, evidenciado até pelo Secretaria de Educação, que são exigências puramente econômicas.
A administração estadual prevê a retomada com 35% de presença física dos estudantes. Com a atual crise, nem em setembro a situação da pandemia estará resolvida. Os estudantes correm cada vez mais risco, tanto pelo vírus, quanto pelo programa da direita. A greve precisa ser levada até às últimas consequências, e organizada em escala nacional, entre estudantes, professores e as demais categorias da classe trabalhadora. Só com a mobilização é possível derrubar o governo Bolsonaro e barrar suas medidas fascistas. É preciso exigir a estatização de todas as escolas e de todas as universidades!