Diante da pandemia do corona vírus e em meio a uma greve estudantil, no Distrito Federal o golpista Ibaneis deve retomar as aulas presenciais nas escolas particulares na próxima segunda-feira (21). O retorno se dará sob uma série de “protocolos sanitários” e todo tipo de camuflagem para contornar o problema de que a volta às aulas configura um verdadeiro genocídio da população.
A imprensa golpista anuncia o retorno como se pais e alunos estivessem ansiosos pela volta às aulas, com argumentos do tipo “as crianças estão sentindo saudades dos amigos da escola”, como foi veiculada nos portais do grupo Globo. Além disso, fazem um verdadeiro malabarismo alegando que a volta será escalonada, com poucas pessoas e em diferentes fases, tudo para tentar “tranquilizar” e defender que existe algum motivo real para promover essa atividade criminosa.
Os estudantes do Setor Leste de Brasília já iniciaram a mobilização bem antes dessa possibilidade de retorno presencial se tornar mais concreta e deram um verdadeiro exemplo do que o movimento estudantil deve adotar neste momento. A greve do Setor Leste impulsionou o mesmo movimento também no Instituto Federal de Goiás (IFG) e tem uma tendência de ser adotada a nível nacional, como ocorre também na UEPA (Universidade Estadual do Pará), num movimento conjunto de estudantes e professores.
É necessário denunciar com firmeza os ataques do governo Ibaneis e dar uma resposta à altura, com uma ampla mobilização de estudantes e professores para que a volta às aulas só aconteça após termos uma vacina que atenda a toda população. Além disso, não podemos aceitar que, para “escapar” da volta às aulas presenciais, se utilizem dos diversos modelos de ensino a distância. No caso do Distrito Federal, menciona-se o tal “estudo híbrido”, onde haveria aulas remotas e presenciais. Se trata de um ataque duplo aos estudantes, onde se destrói a educação, impossibilitando a população pobre de ter acesso a ela e por fim desmobiliza o movimento estudantil como um todo.
A juventude, junto dos trabalhadores devem se mobilizar contra os governos golpistas de Ibaneis e também de Bolsonaro. O avanço da luta política se dá ao travarmos um verdadeiro enfrentamento a Bolsonaro e sua política de ataque a população. Os estudantes devem organizar comitês e promover greves, piquetes e todo tipo de movimentação necessária para barrar essa ofensiva de volta às aulas.