O fascista travestido de presidente, Jair Bolsonaro, é uma das figuras mais odiadas pelos torcedores de futebol. Apesar de desfilar por aí vestindo a camiseta dos mais diferentes clubes, com o intuito de agradar as parcelas mais reacionárias de cada torcida, as grandes torcidas o veem como um real inimigo.
Nos últimos anos, especialmente após o golpe de 2016, as torcidas começaram a se organizar sob a bandeira do “antifascismo” o que, por si, já mostra uma reação contra o golpe.
Protestos nos estádios vêm sendo combatidos duramente pela burguesia, que tenta, a todo custo, impedir que a classe operária se expresse. Enquanto isso, foi feita vista grossa para as repetidas aparições do fascista Jair Bolsonaro quando ainda não era presidente, como no título brasileiro do Palmeiras em 2018.
Futebol na pandemia
A pandemia causada pelo COVID-19 vem causando danos gravíssimos aos clubes do futebol brasileiro. Foi bastante noticiado neste Diário a crise pela qual passam os clubes menores, que devido a paralisação, encontram-se sem receitas e terão pouca, ou nenhuma, capacidade de continuar a existir.
Entretanto, a situação não advém apenas da pandemia, pois esta nada mais é que um fator de aceleração das contradições do capitalismo e, por conseguinte, do futebol, já que este, hoje, foi transformado em apenas mais um negócio.
Flamengo e Vasco se reúnem com Bolsonaro
Na terça-feira, dia 19 de maio, os presidentes Rodolfo Landim e Alexandre Campello, de Flamengo e Vasco respectivamente, se reuniram com o presidente golpista para discutir as possibilidades de retorno do futebol brasileiro, mais precisamente para que ambos os clubes treinem no Mané Garrincha (DF) durante a pandemia.
As torcidas de Flamengo e Vasco, ambas gigantes e bastante ligadas à classe operária, protestaram contra os respectivos presidentes dos clubes. Para os torcedores, fica claro que essa reunião com Bolsonaro é uma traição às torcidas. O presidente ilegítimo simboliza, como dito há semanas atrás pelo Capitão Léo, ilustre membro da Torcida Jovem do Flamengo, um inimigo do estilo de vida dos torcedores.
Dirigentes de clubes e federações, patrocinadores e conglomerados da imprensa burguesa pressionam governantes a permitir o retorno do futebol e demais esportes, mesmo que isso signifique a ausência do torcedor ou risco de contaminação dos atletas, comissões técnicas e demais envolvidos. Para isso, inventarão protocolos, um mais descabido que o outro, para dar aparência de segurança a todos.
As torcidas não devem aceitar esta “solução”. Futebol é feito com torcida no estádio!