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Formação teórica

Em janeiro, Rui Costa Pimenta vai explicar o que foi o stalinismo

A 46° Universidade de Férias será ministrada pelo presidente do PCO, o companheiro Rui Costa Pimenta; será uma arma fundamental no combate a frente ampla

A próxima Universidade de Férias do Partido da Causa Operária, realizados pela Fundação Joao Jorge Pimenta e a Aliança da Juventude Revolucionária, terá como tema “O que foi o stalinismo? Uma análise marxista”, e será ministrado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, durante os meses de janeiro e fevereiro. Será sua 46° edição. O curso será transmitido online, diferentemente das edições anteriores da Universidade de Férias, devido a pandemia de corona vírus que assola o País e todo globo terrestre. Será disponível através do site da Universidade Marxista, e terá junto um acervo de textos e documentos sobre o tema, além de uma filmografia relacionada com o tema. Em janeiro o curso contará com duas aulas por semana, toda terça-feira e quinta-feira. Em fevereiro ainda será divulgado o calendário respectivo ao mês. 

O curso tem como objetivo formar teoricamente aqueles que almejam a revolução do proletariado mundial e o socialismo, para firmar a convicção política daqueles que travam essa luta e também de todos aqueles que querem entrar para as fileiras da política revolucionária. Principalmente diante da atual ameaça fascista e de movimentos contrarrevolucionários que deixam os trabalhadores a reboque de políticas golpistas como a frente ampla. Além de um vasto conhecimento sobre os principais acontecimentos de todo século XX, o curso visa preparar militantes, simpatizantes e ativistas que lutam contra os golpistas, a burguesia e suas manobras a ter consciência do que está acontecendo no atual momento histórico que vivemos, para podermos agir com uma política clara diante da situação. Embora o tema seja nomeadamente difícil, o curso contará com uma linguagem clara para que todos os seus participantes entendam com clareza todo desenvolvimento revolucionário de uma época e as ações contrarrevolucionários do mesmo período; e é nesta última que se encontra o stalinismo.  

Mesmo que o stalinismo não exista mais, já que esse fenômeno político depende de condições específicas, em especial a antiga URSS, já que o que chamamos de stalinismo não passava de uma casta burocrática formada no interior do Estado operário. O tema voltou à tona com figuras como Breno Altman, Jones Manuel e entre tantos outros que reivindicam o stalinismo, como todo novo e pequeno-burguês PCB, incluindo aí seus membros mais jovens e os velhos mais apagados, como José Paulo Netto, e também a “reabilitação” de Stalin; onde alguns defendem abertamente e outros tentam disfarçar. Como toda essa “nova onda” de um “novo” stalinismo, é imprescindível a discussão do tema em sua mais ampla profundidade. Por isso, a escolha do assunto para discussão na Universidade de Férias do PCO. Esse filostalinismo, uma devoção já agora forçosa, ou também chamado de “stalinismo sem gulag”, é a farsa do que já foi a tragédia do stalinismo.  

Enquanto o stalinismo foi um grande movimento histórico de uma conciliaçao de classes com o imperialismo mundial, feito a base da bala, da perseguição, dos bombardeios, o “neo-stanilismo” é sua versão para crianças; é a conciliação com os conciliadores; geralmente um stalinista apoia o PSOL ou até mesmo a própria direita, como Ciro Gomes. Há nessa modalidade muito barulho, diferente dos passos da GPU, ou KGB, contra os trotskystas e dissidentes de sua época. Principalmente no que se refere a internet, afinal os adolescentes que povoam o ambiente do “glorioso” pais dos povos dificilmente são vistos em mobilizações ou fazendo alguma atividade política fora da internet. Em seus grupos de internet, rosnam e riem à vontade com um “humor” bolsonarista: “trotskysta bom é trotskysta picareteado”; a nova versão do “comunista bom é comunista morto”; “após mandar um trosko para o gulag, se hidrate” e entre outras façanhas que um adolescente birrento e com tendências fascistas adoraria.  

Embora esses seres que não povoam o ambiente diurno não sejam vistos fora da internet, eles refletem um ambiente que é o ambiente de seus idealizadores. Não discutem política, mas apoiam abertamente ou discretamente a política da frente ampla. Todos os stalinistas acabaram, nessas eleições municipais, a apoiar uma manobra ou outra da burguesia. Alguns apoiaram o “gabinete do amor”, muito contraditório ao sanguinário gulab que eles não têm, de Guilherme Boulos; alguns outros, a própria direita, como o PCdoB em qualquer lugar onde esteve. Não é de surpreender que os admiradores do velho Stalin, o maior colaboracionista de classe de todo século XX, seja apoiado e idolatrado hoje por, também, traidores de classe; de menor envergadura, lógico. 

Por isso a necessidade de se estudar e discutir sobre o tema, para combater a ala esquerda da frente ampla com os golpistas. 

Confira a programação do curso sobre o stalinismo 

1° Parte – 1924 a 1933 

  1. Introdução – Stalin até a tomada do poder 
  2. Burocracia, a URSS 
  1. A primeira etapa
    3.1 – Na URSS
    3.2 – Na III Internacional
  2.  A luta interna
  3. revolução chinesa 
  4. A segunda etapa 
  5. Processos de Moscou 
  6. coletivização forçada 
  7. O terceiro período  

2° Parte – 1934 a 1948 

  1. As frentes populares
    1.1 – França
    1.2 – Espanha
  2. Pacto com Hitler e Invasão da URSS 
  3. A guerra e a derrota do nazismo
    3.1 – O expurgo do exército 3
  4. O pacto contrarrevolucionário com o imperialismo 4.1 – Itália, França e Grécia
    4.2 – Ialta
    4.3 – A democracia
    4.5 – O leste europeu
    4.6 – A divisão da Alemanha 5
  5. Plano Marshall e leste europeu 

3° Parte – 1948 a 1991 

  1. Terror no leste: processos de Praga
  2. A revolução chinesa e a revolução mundial
    2.1 – As revoluções stalinistas 
  3. A guerra fria, a coexistência pacífica 
  4. A morte de Stalin, Krushov 
  5. Crise no Leste, 53-56 
  6. Brezhnev 
  7. 1968 
  8. Crise Mundial, Afeganistão, o começo do fim 
  9. Polônia, Gorbachov e a restauração 
  10. Colapso da URRS 
  11. Stalinismo e a cultura  

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