O Golpe de Estado, com a subida e estabilização dos governos fascistas no poder e o isolamento de grande parte da esquerda do país, como é exemplo o fechamento de sindicatos, sob a cobertura da proteção ao coronavírus e que deixou milhares de trabalhadores órfãos de suas organizações de luta. Essa situação possibilitou entre outros, um enorme número de ataques como o aumento dos despejos da população pobre e trabalhadora por todo o país, impulsionado pelos fascistas e seu aparato judicial e repressor.
Nesta terça feira a mando do governador fascista João Dória, foi imposta pela força a reintegração de posse, de terreno em Diadema onde moravam mais de 40 famílias. O terreno de mais de 200 metros quadrados, pertence ao governo do estado e está sob concessão da Ecovias. O local está sob um elevado da Rodovia dos Imigrantes. Os moradores procuraram resistir, enfrentando a PM. Durante a resistência os moradores da Comunidade do Jd. Ruyce , carregavam faixa com dizeres: “NÃO SOMOS INVASORES, SOMOS TRABALHADORES” , percebendo o avanço e aumento do número de PMs que lançavam bombas de gás lacrimogênio, os moradores bloquearam vias no entorno do terreno em tentativa de procurar conter a PM, segundo relatos de moradores a PM teria ateado fogo nos barracos que ficam embaixo de um viaduto na Avenida Eldorado. Em meio a pior pandemia da história brasileira, cada vez mais brasileiros estão sendo jogados a morar em baixo de pontes e pelas ruas ao relento com suas famílias.
Frente a este brutal crime dos governos fascistas é necessário se organizar e lutar contra o despejo, não apenas nas redes sociais ou no parlamento, mas no local, se antecipando na luta pelo direito de moradia e contra os despejos com a organização de comitês de autodefesa contra a violência do aparato estatal e policial para lutar contra essa enorme ofensiva.
Nesta política se aglutinariam elementos da comunidade e de outras organizações similares para planejar a luta contra essa violência da polícia militar e do governo fascista. É importante a formação desses comitês em todos as ocupações de moradia, locais de trabalho, bairros, acampamentos, assentamentos e outros locais para aglutinar o maior número de pessoas possíveis para enfrentar a direita.
Os comitês de autodefesa serviriam inclusive para organizar deslocamento de pessoas para as áreas em conflito e ajudar no enfrentamento. Também organizar fechamento de rodovias, novas ocupações e manifestações em diversos locais do país onde existissem comitês de autodefesa.
A cada dia que passa fica cada vez mais claro a necessidade de formação de comitês de autodefesa em cada local para enfrentar os ataques da direita que estão sendo realizados numa escala muito maior e cada vez mais violenta.