Um ato exemplar. Que repercutiu em todo o País e até no exterior. Foi o que fizeram os companheiros dos Comitês de Luta Contra o Golpe e Popular Fora Bolsonaro, juntamente com o Partido da Causa Operária e militantes de base de outros partidos da esquerda como o PT e o UP, no dia de ontem, em Brasília, no primeiro ato público, nas ruas, pelo “Fora Bolsonaro”, após o início da pandemia.
O ato ocorreu na Praça dos Três Poderes. Com máscara e distanciamento social, portando faixas e bandeiras a esquerda foi à frente do Palácio do Planalto para gritar pelo fim do governo ilegítimo e genocida.
Como um autêntico e combativo ato de esquerda, o ato pôs para correr os fascistas covardes, agressores de mulheres que lá estavam, acostumados a assustar setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa que pedem “socorro” ao Ministério Público e ao Judiciário, ao invés de dar a direita o tratamento que eles merecem. E foi dado!
O ato aconteceu em um momento, ainda de enorme confusão política entre a esquerda, dominada pelas direções que defendem a vergonhosa e reacionária política de frente com a direita golpista, que não abre nenhuma perspectiva para enfrentar e derrotar os maiores inimigos dos trabalhadores e de todo povo brasileiro.
Na véspera da entrega do pedido de impeachment de Bolsonaro na Câmara dos Deputados, que nós do PCO, assinamos juntos com o PT, outros partidos de esquerda, o ato mostrou um caminho de luta, de mobilização e, sua enorme repercussão mostrou, mais uma vez, as amplas condições que estão dadas para uma ampla mobilização, efetiva, nas ruas, para defender as reivindicações populares e para parar a matança que a política da direita impulsiona e para colocar abaixo o governo ilegítimo de Bolsonaro.
Foi um importante passo. Antecedido de outros importantes, como o 1º de Maio classista realizado pelo PCO e outras organizações classistas;
como os mutirões pelo Fora Bolsonaro em todo o País, a criação de Conselhos Populares nos bairros populares e as lutas – ainda parciais – de muitas categorias, são passos decisivos. Outros virão.
Essa luta vai tomar conta do País. Contagiar a juventude, os trabalhadores e suas organizações. A necessidade dos explorados vai impulsionar essa luta. E criar condições para que ela seja vitoriosa, nas ruas, com os métodos próprios da luta dos explorados. Pelos meios que forem necessários.