Conforme artigo da Federação Única do Petroleiros (FUP) de quinta-feira (17) o coordenador geral da entidade e diretor do Sindipetro/BA, Deyvid Bacelar, em vídeo, conclama todas as unidades representantes dos trabalhadores da Petrobrás a se mobilizarem contra as privatizações.
Deyvid reforça a importância da categoria em participar e aprovar nas assembleias um amplo calendário de luta contra as privatizações em curso.
A construção de uma agenda nacional de mobilizações em defesa do Sistema Petrobras foi deliberada no último Conselho Deliberativo da FUP. O calendário está sendo apresentado aos trabalhadores nas assembleias que prosseguem até o dia 23 para deliberar sobre o indicativo de aceitação da proposta de regramento da PLR.
Em plena pandemia da Covid-19, com os trabalhadores cada vez mais expostos à contaminação e sendo transferidos a toque caixa, em meio ao desmonte da empresa, a gestão Castello Branco acelerou o processo de privatização. Nos últimos meses, a Petrobras comunicou ao mercado que está em estágio final de venda de diversas unidades, como os complexos de refino e terminais da Bahia (Rlam), do Paraná (Repar e Six) e do Ceará (Lubnor).
No último 11 desse mês, o presidente da Petrobras, o Chicago boy e pupilo do fascista Bolsonaro e seu governo ilegítimo, assinou a entrega à Energizzi Energias do Brasil, por uma ninharia de US$ 1,5 milhão por 50% do ativo. A outra metade pertence à empresa Petrom. De acordo com as informações da FUP, a Petrobras está de desfazendo de outras 11 concessões no estado que integram o Polo de Carmópolis, onde está localizada a maior área de produção terrestre de petróleo do Brasil, com reservas estimadas em 1,7 bilhão de barris e produção média diária de 10 mil barris de óleo e 73 mil metros cúbicos de gás.
Deyvid Bacelar, em artigo do dia anterior, na quarta-feira (16) ao denunciar a entrega de ativos de Sergipe, relatou que a Petrobras também está vendendo os ativos do Polo de Alagoas, que incluem seis concessões terrestres e uma de águas rasas, duas estações de tratamento (Furado e Pilar), 230 Km de gasodutos e oleodutos, a base operacional de Pilar e a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, com capacidade de produzir dois milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A privatização da Bacia Sergipe-Alagoas acelera a saída da maior estatal do Brasil do Nordeste, impactando profundamente a economia e os empregos da região, como a FUP e seus sindicatos vêm denunciando. “O Sistema Petrobras está sendo desmontado em todo o país…”
Diante dessa situação de entregar tudo, toda a empresa petroleira, um importantíssimo patrimônio do povo, a alternativa passa por uma mobilização, o mais urgente possível envolvendo todo o país, desta forma, o Sindipetro Bahia também está submetendo aos trabalhadores de suas bases a aprovação de uma greve local para barrar o desmonte da Petrobras no estado. A orientação da FUP é de que os demais sindicatos avaliem também outras formas de mobilizações permanentes (paralisações, atrasos, cortes de rendição) contra as privatizações.
É preciso ainda, mobilizar os servidores em nível nacional, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios, entre vários setores, bem como, o conjunto dos trabalhadores, da população exploradas, todas as organizações sociais, sem terra, etc., Para isso é preciso quebrar a paralisia e as férias da maioria das direções sindicais.