A greve dos trabalhadores dos correios completa hoje um mês, sob intenso ataques do governo ilegítimo, do judiciário e da imprensa golpistas.
Nesse período foi ficando cada vez mais claro para os trabalhadores que a única intenção do governo golpista de Jair Bolsonaro é esfolar os trabalhadores e destruir a maior empresa em número de trabalhadores do País, a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), para entregá-la a “preço de banana” para os tubarões estrangeiros.
Quando busca retirar de uma única vez, mais de 50% dos míseros salários dos mais de 100 mil trabalhadores da ECT (atacando indiretamente os mais de 30 mil terceirizados), em meio uma pandemia, em que já morreram mais de 120 ecetistas – pais e mães de família -, o governo Bolsonaro mostra na verdade que quer matar a categoria, de covid e outras doenças, de fome, de tanto trabalhar etc.
Todo capitalista sabe que o maior patrimônio de uma empresa é a sua força de trabalho, os próprios trabalhadores, que geram seus lucros. Tratá-los como lixo, significa que o capitalista está se preparando para fechar ou entregar a empresa e demiti-los na sequência.
Por isso, a combativa greve dos Correios – realizada contra a sabotagem de boa parte da burocracia sindical, nesse momento – é uma questão de vida ou morte. E a única forma possível de lutar contra a política de Bolsonaro é ir enfrentá-lo onde ele está, que é em Brasília/DF.
Sabendo dessa necessidade, o movimento nacional de greve, os trabalhadores de todo o País precisam se mobilizar, para realizar um grande ato nacional no dia 21 de setembro na capital do país, quando o TST (Tribunal Superior de Trabalho) se reúne para julgar o acordo coletivo, como propuseram a corrente nacional Ecetistas em Luta (PCO e simpatizantes) e nove sindicatos que enviaram carta à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) propondo uma grande e combativa mobilização em Brasília, diante do julgamento do dissídio da categoria previsto para o dia 21, em Brasília, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que tende a ser – como de costume – profundamente desfavorável para os trabalhadores.
Cresce o entendimento de que é preciso levar milhares de trabalhadores dos Correios para Brasília, junto com seus familiares que também sofreram os ataques desferidos por esse governo ao salário dos ecetistas.
Os sindicatos e a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) não podem medir esforços nesse momento para alugar os ônibus, colocar os trabalhadores para lutar em Brasília, inclusive nas bases das direções sindicais traidoras, da Findect (Federação Fantasma) principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, que não querem mobilizar a categoria e sequer fazem assembleias presenciais, utilizando de assembleias virtuais para manipular com o espírito de luta da categoria.
A corrente Ecetistas en Luta chama a pedir a contribuição de outros sindicatos, da CUT, dos candidatos e partidos de esquerda que dispõem de maiores recursos e dizem apoiar a luta dos trabalhadores dos Correios, enfim, de todos que possam apoiar essa luta fundamental para os trabalhadores nesse momento.
Trata-se de rumar à Brasília, deixando claro que a categoria não vai aceitar a decretação do trabalho escravo na ECT com a retirada de conquistas de décadas de lutas; que não vai aceitar o corte de nossos salários e benefícios no momento em que a inflação dispara e um pacote de arroz chega a custar R$40; que vai lutar junto com o povo contra a entrega dos Correios.
Todos à Brasília, ocupar à frente da esplanada do ministério em defesa dos Correios e dos empregos e pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas.
Para superar as dificuldades dos sindicatos com menores recursos e sabotagem dos sindicatos com maiores orçamentos, como São Paulo e Rio de Janeiro, cujas diretorias (ligadas ao PCdoB) agem abertamente para sabotar a greve (não realizando sequer assembléias e atos públicos) e se recusam a convocar a caravana para Brasilia, Ecetistas em Luta organizou uma Vaquinha eletrônica (na internet) para ajudar a sustentar a Caravana à Brasília pela vitória da greve dos Correios. Acesse aqui e contribua com essa luta.
Se você quiser participar da caravana, inscreva-se já. Os trabalhadores da categoria precisam também cobrar dos seus sindicatos que os recursos da categoria sejam colocados à disposição da sua luta, exigir ônibus do seu Sindicato ou entrar em contato com a coordenação de Ecetistas em Luta para participar da organização das caravanas de base contra os sindicalistas pelegos que não quiserem mobilizar. Fones da coordenação: (11) 11 98427-2254, (19) 19 99379-5240, (75) 9178-9212