Um contratorpedeiro da Marinha estadunidense é expulso pelo exército chinês após ter violado a soberania da República Popular da China no Mar do Sul da China. O incidente foi relatado pelo porta-voz do Southern Theatre Command do Exército de Libertação do Povo Chinês, Tian Junli, nesta terça-feira, 22, onde, segundo o militar chinês, o contratorpedeiro USS John S. McCain teria reecebido um alerta de Pequim, depois de ter navegado nas proximidades das ilhas Spratly, no Mar da China Meridional.
“A China se opõe fortemente a este tipo de comportamento dos EUA, que prejudica a soberania e segurança da China, o que também perturba gravemente a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China”, denunciou o porta-voz do Exército de Libertação do Povo Chinês.
Ainda segundo a autoridade militar chinesa, o navio de guerra dos Estados Unidos deixou a área ao avisar os militares chineses. Por parte dos EUA, a Frota do Pacífico dos Estados Unidos afirmou que o USS John S. McCain navegava na região, de acordo com o direito internacional e no âmbito dos “direitos e liberdades de navegação nas ilhas Spratly”.
#USSJohnSMcCain conducted a Freedom of Navigation Operation in the #SouthChinaSea, Dec. 22. The #USNavy continues to fly, sail, and operate anywhere international law allows. #FreeAndOpenIndoPacific
Details: https://t.co/oJgZlIMote pic.twitter.com/RqXIYYZmIY
— U.S. Navy (@USNavy) December 22, 2020
Recentemente, o destróier americano havia realizado exercícios com um submarino nuclear francês e um porta-helicópteros japonês no mar das Filipinas. Preocupado com possíveis avanços militares contra sua soberania, o governo chinẽs reivindica soberania sobre toda a extensão das águas do Oceano Pacífico que passam no chamado Mar do Sul da China, região esta alvo de disputa pelo espaço marítimo teoricamente “encerrado” entre China, Indonésia, Brunei, Filipinas, Malásia e Vietnã, que também possuem reivindicações quanto ao direito de navegação uso e fruto, porém mais específicas e, geralmente, ao redor das ilhas Spratly e Paracelso.