O deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) foi condenado, pela segunda vez, a pagar uma indenização no valor de R$10 mil a duas pessoas.
O parlamentar fascista, ligado ao Movimento Conservador (antigo Direita São Paulo), elaborou um dossiê político que continha nomes de quase mil pessoas, onde constavam endereços residenciais e de trabalho, fotos, telefones e páginas nas redes sociais. Na ficha de algumas pessoas, constava o local onde ela era comumente vista. Há de se questionar se os órgãos de repressão do Estado, como a Polícia Militar e Polícia Civil, não contribuíram em sua elaboração.
As pessoas do dossiê se declaravam “antifascistas” nas redes sociais. O deputado elaborou e divulgou em grupos de WhatsApp o documento. Em uma transmissão em sua página do Facebook, Douglas afirmou ter enviado o dossiê para a polícia.
A elaboração de dossiês políticos para perseguição é uma medida tipicamente fascista. O que Douglas buscava era intimidar e estimular um clima de caça às bruxas, de verdadeiro macarthismo contra a esquerda. Em contexto de uma ditadura militar, o documento serviria para a repressão política, prisão, tortura e desaparecimento de opositores.