Chegou ao conhecimento dos militantes do PCO (Partido da Causa Operária) uma publicação do atual representante da Fundação Palmares, o Sr. Sérgio Camargo, em que ele diz que vai acionar judicialmente esse “boletim comunista”, ao se referir a uma matéria publicada em nosso Diário Causa Operária, que defende a mobilização para derrubada de Camargo da secretaria, e de Bolsonaro da presidência.
A direita, como é de costume, não tem outra alternativa que não seja o Poder Judiciário e as forças de repressão para fazer valer os seus interesses. Isso se dá por uma razão muito simples: a direita não tem apoio popular, na verdade, ela atua contra os anseios da população trabalhadora.
É por isso que eles, quando criticados, apontam como saída a ação judicial, pois é no judiciário onde se encontram os elementos mais direitistas do regime burguês. Poder não eleito, nenhum juiz ou ministro recebe voto de ninguém, está, por natureza, sob controle dos mais poderosos.
Não foi assim com a deposição de Dilma Rousseff? Fruto de um processo fraudulento, e que teve um mandato popular rasgado pelas forças judiciais da burguesia. O mesmo se deu com Lula, sua prisão ilegal e todas as ilegalidades decorrentes, como a ausência nas eleições de 2018. Como não tem força no povo, só resta para a direita recorrer aos seus amigos do Judiciário, ou da repressão.
Hoje, por exemplo, temos quase 900 mil almas encarceradas nos campos de concentração, que são as cadeias. O órgão responsável cumpridor dessa tortura interminável é o Poder Judiciário. Só por essa razão é um poder que merece o combate do povo.
Por outro lado, o problema é que o PCO defende uma política popular, que o povo se organize para se livrar da direita, por todos os meios necessários, especialmente, por via das mobilizações, das manifestações de massa. Para pôr em xeque a direita e seu regime de conjunto. Para retirar os golpistas do poder e acabar com a fraude, como essa de Sérgio Camargo, um negro de alma branca, contratado pelo dono da senzala para atacar a história de luta do negro.
São meios distintos de luta: a direita utiliza o judiciário para atacar o PCO, por sua vez, o partido está utilizando a força do povo para atacar a direita. A luta do negro, historicamente, não aguarda um despacho judicial. A revolução não acontece porque o judiciário autorizou, a revolução é contra o judiciário. Sérgio Camargo, o “negro da casa”, parece não entender, mas é um problema de força, e a vantagem está conosco, dentro ou fora das quatro linhas.