O governo Jair Bolsonaro vai a cada dia aprofundando o ataque as condições de vida dos trabalhadores e implementando medidas para favorecer capitalistas. Indo mais fundo na destruição da classe trabalhadora, a nova MP 944, aumentará a destruição da MP 936 que já instituiu a permissão para a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; a permissão para suspensão temporária do contrato de trabalho e o pagamento do miserável benefício emergencial.
Agora o mais novo ataque em vista é a medida que planeja liberar a demissão de até 50% dos funcionários nas empresas que aderirem ao novo programa de financiamento de salários. Aprofundando o favorecimento aos capitalistas o governo fascista quer mudar as regras atuais que proíbem os capitalistas de receberem empréstimos e ao mesmo tempo poderem demitir trabalhadores. A atual situação na regra vigente(MP 944), possibilita a demissão de trabalhadores após dois meses do fim do contrato, estipulado em dois meses, ou seja, os patrões que receberem os empréstimos só podem demitir sem justa causa após 4 meses de celebrado o contrato.
De acordo com as palavras do presidente golpista do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência virtual organizada por comissão mista do Congresso. “A gente vai ter em breve modificações nesse programa que vão fazer [a abrangência] aumentar”. Uma dessas mudanças é a concessão do financiamento para empresas que mantiverem ao menos 50% dos postos de trabalho, ou seja, estão livres para receber dinheiro do Estado e ao mesmo tempo demitirem até metade dos trabalhadores.
O fascista Paulo Guedes, ministro da Economia disse que pelas regras atuais nem a metade do dinheiro estaria sendo usado. Assim o ministro Tchutchuca dos banqueiros está delirante para repassar dinheiro aos capitalistas e demitir milhares de trabalhadores.Segundo o fascista, o principal motivo para que os patrões de pequenas e médias empresas não recorram ao empréstimo é a dificuldade para demitir nos meses seguintes ao empréstimo, pois, as empresas têm medo de assumir o compromisso porque podem precisar dispensar os trabalhadores
Para aumentar ainda mais o desemprego no país, Roberto Campos anunciou que a medida agora será ampliada para médias e grandes empresas, pois passará de beneficiar apenas as empresas com rendimentos de R$ 360 mil até R$ 10 milhões ,para abarcar capitalistas com rendimentos de até R$ 50 milhões.
Parlamentares alinhados com os Bolsonaristas já sugeriram que o governo edite uma nova MP por causa da urgência do tema.
De acordo com dados do governo, inicialmente a MP 944 alcançou 1.302.694 empregados, sendo o Estado de São Paulo, o mais atingido pela medida. O dado que demonstra cabalmente que o desemprego subirá exponencialmente é que até o momento foram liberados R$ 1,9 bilhão (menos de 5% do total) em financiamentos sendo que a previsão era de R$ 40 bilhões em recursos, ou seja, com a reformulação da medida(facilitando o empréstimo e a possibilidade de demissão) o desemprego relativo as empresas médias e grandes tende a aumentar em cerca de 2.000%.
É necessário a entrada imediata em ação das organizações dos trabalhadores para mobilizar a classe trabalhadora contra a política de miséria, fome e morte do governo fascista de Jair Bolsonaro.
Em um momento que a classe operária e os explorados do país dão claros sinais de que estão entrando em movimento, apontando uma mudança fundamental na situação política, a CUT e o seus sindicatos devem imediatamente abrir suas portas e organizar a classe trabalhadora a partir de um programa de luta contra as demissões, pela diminuição da jornada de trabalho, por estabilidade no emprego e por salário que garanta a sobrevivência dos trabalhadores e suas famílias.