O Funk é a manifestação cultural dos setores marginalizados e oprimidos da população. O funk, assim como a cultura popular em geral, deveria ser apoiada e não combatida ou alvo de demagogia. O fato dos eventos culturais da cultura Funk, como por exemplo os bailes funk, serem reprimidos pelo aparato policial, acima de tudo pela polícia militar, mostram os ataques da direita e da extrema direita contra o Funk, de modo similar, se estendendo a toda a cultura popular. Isso mostra que a população é quem deve definir o apoio às manifestações populares e não o Estado Burguês ou os capitalistas.
Para isso, é necessário o fortalecimento da democracia operária, que é proposta pelo PCO, por meio dos conselhos populares. e por fim, a conquista de um Governo Operária dos trabalhadores do campo e da cidade. Pois só assim, os ataques repressivos e censuradores da direita serão superados e o povo pobre e negro poderá ter suas manifestações culturais e demais iniciativas devidamente apoiadas pelo Estado, como deveria ser. Pois essa é a única defesa válida para aqueles que defendem a liberdade de expressão e organização cultural do povo pobre, e portanto, essa é a posição do Partido da Causa Operária.
Longe de fazer demagogia com programas fajutos nas comunidades, nós defendemos o controle direto da população para decidir e fazer acontecer os eventos culturais como no caso do Funk. Cabe dizer nossa contribuição nesse aspecto, na fala de Antônio Carlos Silva, dirigente e fundador do Partido da Causa Operária “O PCO é um combatente na defesa dos direitos democráticos do povo trabalhador e se colocou sempre contra a repressão e favor da liberdade de manifestação ligados a cultura popular”. É por isso que nossa política não é oportunista e sempre foi, e sempre será, a de defesa do Funk e das demais manifestações populares.
Como sabemos, a repressão à cultura do Funk, em especial aos seus eventos de rua, é feita pela polícia militar, uma organização de extermínio e encarceramento em massa da população preta e pobre. Não poderíamos, portanto, deixar de combater a política repressiva da segurança pública defendida inclusive por grande parte da esquerda. Nossa política é de exigir o fim da polícia militar como fazemos toda semana nas ruas! E também, garantir o direito à auto-defesa da população por meio de polícias populares sob o comando direto da população.
Por fim, nossa posição é a de defender as manifestações populares, incluindo o Funk; defender um plano de luta e organização do movimento popular pelo Governo Operário e pelo real apoio e incentivo à Cultura Popular; defender o fim do controle capitalista sobre a arte e da repressão da direita contra a manifestação cultural do povo pobre e preto; o que só pode ser feito numa luta intensa pelos direitos democráticos da população e na luta pelo Governo Operário.