Dados disponíveis no sistema Sivep-Gripe na base de dados OpenDataSUS do Sistema Único de Saúde (SUS) que contém as informações das fichas de cadastros preenchidas por médicos em cada atendimento, revelam que 61% dos pacientes mortos pela COVID-19 foram identificadas como “pretas ou pardas”, resumidamente negros.
Pior, os dados revelam ainda outras características que mostram a maior gravidade da situação para a comunidade negra como o percentual maior de mortos do que a proporção da comunidade negra na região. No Norte do país, por exemplo, 86% dos mortos eram negros, mas segundo o IBGE a distribuição de negros na população é de 76%. Já no Nordeste 82% de mortos negros, enquanto na população geral a proporção é de 70%.