Descoberta em dezembro de 2019, a doença do coronavírus que se espalhou pelo mundo ganhou o nome de covid-19. Uma nova variante do coronavírus já foi identificada em laboratórios na Inglaterra, Espanha, França, Suécia, Dinamarca etc. Várias, aliás, já o foram ao longo do ano, mas ainda não se fala amplamente de uma nova doença do coronavírus, uma “covid-20”
O “privilégio” de poder afirmar se o ano de 2021 terá sua “doença do ano passado”, a sua “covid-20”, cabe aos cientistas. Por que ainda não o fizeram? Formalidades, protocolos, procedimentos-padrão…
A “covid-20” teria que ser identificada antes de 31 de dezembro de 2020. O vírus sofreu mutações constantemente ao longo do ano, mas nenhuma delas produziu sintomas e resultados (fatais) diferentes.
No momento, uma das discussões nos meios especializados gira em torno da letalidade da nova variante do vírus. Dizem ser menos letal, mas com uma carga viral maior em cada indivíduo, mas são estudos inconclusivos. Isso acarretaria na possibilidade de maior difusão do vírus por indivíduo, fazendo com que o número de doentes cresça e, inevitavelmente, o de vítimas fatais também.
Na falta de sua declaração oficial, o novo ano continuará com a velha e devastadora covid-19. O povo, por sua vez, pode sem dúvida encarar a nova variante, seja ela reconhecida oficialmente como um “novo novo” coronavírus ou não, como sinal de mau agouro para o ano que se inicia. E tem muitos motivos para isso.
Apesar do esforço conjunto dos diferentes setores da burguesia para não deixar que o ano de 2020 se encerrasse com a marca oficial de 200 mil mortos no Brasil, não é possível para dezenas de milhares de famílias deixar de encarar a dura realidade da perda de seus entes queridos.