O Exército Brasileiro mostrou até agora que serve para dar Golpe de Estado e, esconder os desmatadores e favorecer o desmatamento, como denunciam os servidores do IBAMA e ICMBIO.
Neste momento em que o desmatamento na Amazônia dobra em 2020 e bate com folga o recorde de 2019, ou seja, quando o desmatamento de 1.500 hectares ocorrido no município de Lábrea – AM, com alerta do DETER/INPE ocorrido durante a GLO é mascarado e mesmo escondido pelas forças militares descobrimos mais uma função do Exército.
É fato. O desmatamento em 2020 será maior do que em 2019, ano em que o Brasil registrou recorde de derrubada de vegetação nos últimos 10 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O alerta veio dos sistemas Deter e SAD.
E, apenas 9 meses, entre agosto de 2019 e abril de 2020, as taxas mensais de desmatamento ficaram todas acima das do período anterior. O calendário do desmatamento vai de agosto do ano anterior até julho do ano corrente. Seguindo esse calendário é possível afirmar que no Pará, o aumento do desmatamento atingiu 170%, totalizando 233.011 hectares.
Na Amazônia Legal o desmatamento foi de 566.624, o que representa uma tendência de aumento de 94% em relação ao mesmo período do calendário anterior, ou seja, de agosto de 2018 a abril de 2019. Os alertas são do Deter.
O governo criou um jogo de faz de contas. Há um mês, o governo de Jair Bolsonaro enviou as Forças Armadas à Amazônia para “combater” os altos índices de desmatamento. A operação deflagrada a partir de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), subordinou Ibama e ICMBio ao Exército, o que foi alvo de protestos de entidades da sociedade civil.
As mentiras vêm dos altos escalões. O vice-presidente Hamilton Mourão chegou a afirmar na última semana que em maio o desmatamento já foi o menor dos últimos anos. Porém, segundo o Greenpeace, as imagens de satélite mostram a maior taxa de alertas de desmatamento registrada para o mês nos últimos cinco anos, “comprovando que a operação tem sido ineficaz em fiscalizar e conter a destruição da floresta”, diz a entidade.
Desmentem o governo, o sistema de satélites. “Como é possível constatar nas imagens de satélite, entre janeiro e maio deste ano, enormes clareiras seguem rasgando a floresta em áreas de 700, 1.000 e até 1.700 hectares, em regiões do Amazonas, Pará e Mato Grosso. Esses foram os maiores desmatamentos identificados dentro do período de execução da GLO”, afirma o Greenpeace em nota. “Essa destruição teria sido facilmente interrompida se desde o início tivessem sido usados inteligência e real interesse do governo no combate aos crimes ambientais”, diz o porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace, Rômulo Batista.
O capitalismo não tem mais nada a oferecer aos trabalhadores senão a barbárie e a destruição. É preciso derrubar o governo golpista.