No Rio de Janeiro os Hospitais já estão praticamente lotados. Durante o período eleitoral, a imprensa burguesa ocultou os dados sobre a pandemia e nenhum destaque foi dado aos casos de COVID-19 que voltavam a crescer. Alguns tem falado em segunda onda de contaminações, mas é preciso questionar se realmente chegou-se ao fim da primeira onda.
Afinal, em nenhum momento o País chegou realmente a níveis baixos de novos casos e mortes pelo coronavírus. No estado onde a Polícia mais mata no Brasil, a crise política e social parece ser ainda maior. Com ex-governadores presos e afastados do cargo e um prefeito na capital alinhado ao governo Bolsonaro, o Rio de Janeiro avança na mortandade de sua própria população, levando ao colapso seu sistema de Saúde.
Enquanto a imprensa golpista injeta esperança na população acerca de diversas vacinas que ainda não apresentaram resultados e estão longe de estarem disponíveis para toda a população, os leitos de UTI na capital estão com 90% de ocupação. Os leitos de enfermaria também estão cheios, com 79% de sua capacidade utilizada por pacientes com COVID-19.
Os governantes fazem campanha pela vacinação, apoiados pela imprensa burguesa e prometem retorno à normalidade para o próximo ano. Porém, tanto a vacina quanto o fim da pandemia não passam de promessas demagógicas e genocidas que estes políticos utilizam para se promover e enganar a população.
Seguindo a orientação do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, os governadores e prefeitos pretendem afrouxar o isolamento social, morra quem morrer, custe o que custar. Esse é o sentido da propaganda que incentiva a volta à normalidade. O problema é que nada foi feito para conter o contágio pelo coronavirus e os números oficiais crescem novamente, levando o Brasil a uma catástrofe sanitária e social sem precedentes.
O estado do Rio de Janeiro registrou, até este sábado, 403.660 casos confirmados e 24.454 óbitos por COVID-19. Os leitos lotados na Capital afetam todo o Estado, pois dezenas de pacientes aguardam transferência do interior para leitos de UTI na Capital ou Baixada Fluminense. Sem nenhuma garantia de que alguma destas vacinas anunciadas serão realmente eficazes para conter o Contágio por Coronavirus, os Governadores, ditos científicos, deixam a população a sua própria sorte. Tratando apenas os casos mais graves, depois que a doença já se instalou e se disseminou entre amigos e familiares dos pacientes, nada está sendo realmente feito para garantir o isolamento social da população.
É preciso ter clareza que neste momento o Brasil pode estar na liderança de casos de contágio por essa doença respiratória provocada pelo coronavírus, visto que os dados oficiais apresentados não tem coerência, nem confiabilidade entre si. A preocupação com a crise econômica, para a classe dominante, é mais importante que garantir a saúde da população.
A maior parte da população, especialmente a classe trabalhadora, não teve sequer um dia de quarentena, sendo exposta ao transporte público lotado e à rotina normal de trabalho, sem nem mesmo a opção pelo teletrabalho. Enquanto uma minoria de setores de classe média teve seu isolamento possibilitado, a maioria da população continuou a rotina de trabalho presencial, mesmo que nada estivesse sob controle. Agora, cada governador “científico” tem a sua vacina para “oferecer” à população e utilizá-la como uma verdadeira panaceia, para esconder os dados que, mesmo com toda a manipulação, indicam o tamanho da crise.