Os trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB), que se encontram em campanha salarial, têm os seus direitos ameaçados pelo governo do DF, do fascista Ibaneis; medida essa que visa beneficiar os capitalistas imperialistas espanhóis que acabam de abocanhar, a preço de banana, a empresa, via leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, no último dia 04 de dezembro.
Os empregados da CEB haviam decretado greve por tempo indeterminado a partir do dia 1º de dezembro, tendo como pautas principais a manutenção dos seus direitos, sendo que a direção golpista da empresa pretendia excluir 24 cláusulas do acordo coletivo ainda vigente, dentre elas a estabilidade no emprego e indenização em caso de morte ou invalidez e contra a privatização.
No dia 04 de dezembro, devido a completa confusão das direções do movimento dos trabalhadores da Ceb em depositar confiança nas instituições burguesas, a pedido do presidente do TRT-10, desembargador Brasilino Santos Ramos, e do Ministério Público do Trabalho, o sindicatos suspendeu a greve da categoria para novas negociações até a audiência de conciliação nesse dia 08 de dezembro (até o fechamento edição do DCO não havia o desfecho da audiência).
O Ministério Público e o Tribunal, instituições tradicionais em liquidar com os direitos dos trabalhadores, deram o velho golpe e, com a suspensão da greve, a privatização veio a acontecer no mesmo dia 04 de dezembro. Agora a CEB, ou seja, o GDF, conjuntamente com o TRT e o MP vão tentar mais um golpe em liquidar com os direitos os trabalhadores com o objetivo de sacramentar a privatização e entregar, uma das mais importantes empresas estatais da Capital Federal, enxutinha para os parasitas capitalistas internacionais.
Para barrar a ofensiva reacionária da direita golpista contra os trabalhadores e a entrega do patrimônio do povo brasileiro é necessário não depositar a menor confiança nas instituições, responsáveis pela liquidação dos direitos dos trabalhadores e, inclusive pelo golpe de Estado. Somente a luta, através dos métodos tradicionais da classe trabalhadora poderá barrar tal ofensiva.
É preciso reorganizar a greve, ocupar a empresa até que as reivindicações sejam atendidas e pela a anulação da privatização. Organizar uma gigantesca mobilização, juntamente com outras categorias, também ameaçadas de privatização, como é o caso dos Metroviários, dos bancários do Banco de Brasília, Caesb, Novacap, etc., ter um plano de luta e de mobilização em cada local de trabalho, criar comitês de luta, chamar a CUT e seus mais de 100 sindicatos filiados a lutar contra as demissões, contra as privatizações, por uma CEB pública controlada pelos trabalhadores.