O governo Bolsonaro, produto de uma fraude eleitoral escancarada e montado por meio de uma manobra bastante improvisada para manter a esquerda longe do poder, se encontra em uma crise cada vez mais profunda. Sua impopularidade é cada vez maior e sua política econômica não vem empolgando nem os mais otimistas dos banqueiros. Diante disso, o Partido da Causa Operária (PCO), que já vinha fazendo uma agitação em torno da derrubada do governo antes mesmo que esse tomasse posse, decidiu organizar o lançamento nacional da campanha pelo Fora Bolsonaro.
O lançamento aconteceu no último domingo (16), no Centro Cultural Bénjamin Péret, localizado na zona sul da cidade de São Paulo. A atividade, que foi marcada por um debate entre figuras de relevância nacional na luta contra a direita golpista, foi transmitida pela Causa Operária TV (COTV) e exibida em vários estados brasileiros e até mesmo em alguns países da Europa. Durante cerca de uma hora, debateram, mediados pelo dirigente nacional do PCO Antônio Carlos Silva, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, Edson Dorta, coordenador do Comitê de Luta Contra o Golpe de Campinas, e Roberto Guido, secretário de comunicações da APEOSP — Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo
O debate foi exibido publicamente em cidades como Paris (França) e Coimbra (Portugal), na Europa, Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC), no Sul brasileiro, Rio de Janeiro (RJ), no Sudeste, Brasília, no Centro-Oeste, Recife (PE), Salvador e Maceió (AL) no Nordeste, e muitos outros locais. Após a exibição do debate, ocorrerão os lançamentos locais da campanha Fora Bolsonaro, seguido de um churrasco de confraternização entre os companheiros de luta.
As condições para que a campanha Fora Bolsonaro se desenvolva estão mais do que dadas. Conforme relatado por Rui Pimenta no debate, o Fora Bolsonaro tem se tornado cada vez mais frequente nas manifestações populares, a ponto de a cantora Maria Bethânia gritar a palavra de ordem e ser acompanhada pelo público. É preciso, portanto, aproveitar as oportunidades que se abrem com a crise em que o governo se encontra para uma intervenção decidida das massas no regime político.
Para que isso aconteça — isto é, para organizar a revolta latente na sociedade contra o governo Bolsonaro —, é necessário criar e fortalecer os comitês de luta, de modo a agrupar todos aqueles que se disponham a lutar contra a direita — isto é, a esmagadora maioria da população. No próximo período, é preciso colocar o desenvolvimento dos comitês como uma tarefa central da atividade política e levar a campanha pelo Fora Bolsonaro às ruas, com cartazes, panfletos, adesivos e todo um arsenal de propaganda que tenha como fim mobilizar a população contra o governo. Fora Bolsonaro!