Segundo matéria do jornal golpista Estado de S. Paulo, há um consenso entre os economistas burgueses de que será inevitável o aumento de impostos por haver a necessidade do estado gastar. E esses gastos somados à queda da arrecadação de impostos devido à redução do PIB para 2020, mais o fato de que a relação dívida pública/PIB deverá sair dos 76% e chegar a algo entre 92% e 96% no final deste ano, deixa como inevitável o aumento dos impostos.
Ademais, consideram que o crescimento deverá ser fraco em 2021. A MB Associados acredita que ocorrerá aumento das alíquotas de imposto de renda, dos 27,5 % atuais irá para algo como 35% por exemplo e deverá afetar as pessoas jurídicas também. E ainda apontam a necessidade de usar as reservas internacionais para reduzir o déficit bem como fazer reformas administrativas.
Já o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Luiz Carlos Mendonça de Barros defende que não deverá ser aumentado o imposto de renda, pois a classe média já está bastante pressionada.
Ao invés disso, deverá ser tributado os dividendos pagos pelas empresas, maior tributação dos bancos e algum tipo de tributação sobre as operações financeiras.
Há consenso de que será inevitável o aumento de impostos. A pergunta que devemos fazer agora é: quem pagará os aumentos de impostos? Cairá sobre as costas dos empresários ou como sempre nas costas dos trabalhadores.
Dadas as características desse governo improvisado pelas burguesia, fica claro que novamente serão os trabalhadores. E, se não totalmente, pelo menos pela grande maioria dessa carga extra, que aliás já está bastante pesada.
Será necessária grande mobilização dos trabalhadores para fazer frente à possível ou provável investida do governo em aumentar os impostos sobre os ganhos do trabalho.
Há décadas, o imposto de renda penaliza os mais pobres. As rendas a partir de 4,5 salários mínimos pagam 27,5% de imposto sobre a renda. Quem ganha por exemplo 300 mil reais ou mais por mês, paga a mesma alíquota de quem ganha 4.700 reais. Essa tabela precisa ser revista para ser mais justa e isentar maior parcela dos mais pobres
Usar reservas internacionais para financiar a dívida do estado é fazer a política do Robin Hood ao contrário, tirando dos pobres para dar aos ricos. Pois é claro que o endividamento do estado se deu para financiar os lucros das empresas e bancos.
Verificamos isso observando a situação dos serviços públicos de saúde, educação, transportes, moradia, tudo uma calamidade. E concluímos assim que o estado gastou com empresas e não com serviços sociais.
É hora de dar um basta à exploração dos trabalhadores, quer pelo estado quer pelas empresas. Precisamos lutar por melhores condições de vida, saúde, higiene e salários compatíveis com a riqueza produzida pelos operários.
Nenhum aumento de impostos à classe trabalhadora, às rendas mais baixas! Que tributem as grandes fortunas que pagam menos impostos que o povo, que tributem as empresas e bancos que têm aumentado significativamente seus lucros mesmo com as crises da saúde e a econômica!