A burguesia sempre fez de tudo para tirar o povo das ruas. E assim, ela faz suas campanha para esvaziar o Carnaval. Em períodos mais “democráticos”, ela faz esta campanha de maneira mais disfarçada, concentrando as atenções na competição das escolas de samba enquanto torna burocrática e difícil a organização dos blocos de rua. Mas em períodos de avanço fascista, esta repressão se faz de maneira mais visível, com repressão policial escancarada e declarações ofensivas dos governantes.
Bolsonaro, o cachorro louco escolhido pela burguesia para segurar a bandeira do golpe no Brasil, já passou vexame no início do ano passado, divulgando vídeo de uma parada gay estrangeira, na tentativa de denegrir o Carnaval de rua brasileiro como algo depravado. Não deu certo, e o único que passou vexame foi o próprio “Bozo”. Os foliões responderam, de Norte a Sul do Brasil, como o bordão “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”
Neste ano, a campanha anticarnavalesca do Governo fascista toma ares mais “puritanos”. Sem abandonar a fixação por sexo, Bolsonaro continua a criticar a “depravação total” dos foliões, e colocou a ministra Damares para fazer campanha pela abstinência sexual. Trata-se de uma campanha permanente da burguesia para trocar os investimentos em planejamento familiar, educação e saúde reprodutiva, distribuição de contraceptivos, por uma política que agrada aos setores religiosos mais reacionários, deixa a mulher subjugada à condição de reprodutora sexual e a população pobre em geral mais sujeita a doenças e a filhos não planejados. Pois para a burguesia, vale tudo para dificultar a vida do povo pobre, e consequentemente, sua organização e emancipação.
O Carnaval se torna o momento propício para a elite investir contra a saúde reprodutiva e a liberdade sexual da população, ao mesmo tempo em que procura desmoralizar a maior festa popular brasileira. É, portanto, momento fundamental para que a população dê o troco. O “Fora Bolsonaro” deste Carnaval precisa ser ainda maior!
O PCO e os Comitês de Luta estão organizando concentrações em todo o Brasil por um Carnaval politizado, contra Bolsonaro e o regime golpista. Procure o comitê mais próximo de sua região e participe desta campanha.