O golpistas no governo usam como pretexto atual para as ameaças e pregação golpista, os ataques sofridos da parte da outra ala golpista que, com presença forte nas instituições do regime golpista, como o STF, Congresso Nacional e a Polícia Federal, continuam buscando impor limites à ação dos bolsonaristas e militares. Esta ala que
liderou o golpe de Estado, derrubando a presidenta Dilma Rousseff, sem nenhum crime, empossou um político do “centrão”, Michel Temer na presidência; comandou a operação de condenação e prisão fraudulentas do ex-presidente Lula e impôs sua política de ataque aos trabalhadores (“reformas”), teve que “aceitar” como sua alternativa a eleição de Bolsonaro. Desde sua posse, vem tentando – sem êxito – controlar o fascista, só chegando a acordos parciais no que diz respeito a roubar os trabalhadores (como na “reforma” da Previdência) e favorecer os tubarões capitalistas (como no socorro trilionário aos bancos).
Agora atacam os “excessos” da direita, para impor limites à polarização que pode Lear à derrubada de Bolsonaro por meio da mobilização popular.
As das alas disputam , de fato, quem vai seguir a ditadura – que já está imposta e que pode se aprofundar – contra o povo, diante do
agravamento da crise e diante das tendências do povo a se rebelar.
Para os trabalhadores e suas organizações de luta e para os que se reivindicam da defesa dos direitos democráticos da população, não se trata – de forma alguma – de apoiar uma ala contra outra, mas de impulsionar a mobilização que possa colocar abaixo o conjunto do edifico golpista que eles edificaram.
Eles se atritam, se ameaçam… mas estão dispostos a chegarem a um acordo contra o povo e a esquerda, como fizeram para “eleger” Bolsonaro.
A alternativa dos explorados não é buscar uma frente ampla com uma das alas golpistas, mas construir uma alternativa
própria.
Fazer avançar no terreno concreto a unidade na luta da esquerda e dos setores que querem colocar abaixo Bolsonaro e todos os golpistas.
O terreno decisivo para essa luta e para cimentar essa unidade é, mais uma vez, como foi durante o golpe de Estado, o das ruas. Único local em que é possível “esticar a corda” em favor do povo, como nos ensina charge do companheiro Jota Camelo, que aqui reproduzimos, também como parte da luta contra a censura, que quer calar o direito dos chargistas e do povo se manifestarem livremente.