Neste momento, segundo o que avaliam os analistas da imprensa imperialista norte-americana, o atual presidente dos EUA, o fascista Donald Trump (Republicano) se encaminha para a derrota nas eleições presidenciais. Se isso é uma realidade, não se sabe, mas está claro que há uma campanha em favor de Joe Biden (Democrata) para propagá-lo como um democrata, escondendo que o ex vice-presidente de Obama é uma ameaça para o povo do mundo todo tanto quanto ou mais que Trump.
É muito semelhante ao que ocorre no Brasil. Nos EUA, o setor principal da burguesia está atacando a máquina de propaganda de Trump na internet, perseguindo blogueiros e jornalistas trumpistas, enquadrando sites e páginas como “fake news” (notícias falsas), fechando o cerco contra o atual presidente nas redes sociais sob o argumento de combate ao “discurso de ódio”. Quase a mesma coisa que ocorre no Brasil.
Se o Partido Democrata ganhar do Trump, o que isso vai significar numa escala geral? Vai significar uma melhoria para a maioria da população mundial e norte-americana? Não. Porque essa ala da burguesia imperialista, representada pelos Democratas, que disputa as eleições com Trump, é muito mais belicista e pró guerras, do que o próprio Trump. Uma prova disso é que a última candidata a presidência pelos Democratas, Hillary Clinton, promoveu um recorde de assassinatos no Oriente Médio com a utilização de drones, enquanto era Secretária de Estado no mandato de Obama.
Nestes casos, porém, nem a direita tradicional no Brasil, nem os Democratas nos EUA, são uma real oposição a Bolsonaro e a Trump. Pois, foram justamente os golpistas no Brasil e os Democratas nos EUA, que criaram as condições – através da sua política de terra arrasada – para a vitória eleitoral da extrema direita. Mais, mesmo os setores principais da burguesia brasileira e norte-americana não tendo Trump e Bolsonaro como seus principais candidatos, embarcaram na política de unidade com a extrema direita, contra tendências de esquerda, representadas nos EUA pela ala esquerda dos Democratas (Sanders) e pela ala esquerda do PT (Lula).
Portanto, isso deve acender uma luz vermelha para todas as pessoas que veem de uma maneira muito simplificada a luta contra a extrema direita. Muito semelhante ao que ocorre no Brasil, onde a direita tradicional – PSDB, DEM, MDB e afins – criou Bolsonaro como fenômeno eleitoral e agora procura ensaiar uma oposição, os Democratas fazem a mesma coisa nos EUA.